Mato Grosso deve encerrar o ano com uma taxa de crescimento variando de 4% a 5%, embalado principalmente pelo desempenho da cadeia do agronegócio e da indústria. Somente o setor industrial cresceu 140% nos últimos 7 anos e representa 20% do Produto Interno Bruto estadual. A projeção é da Federação das Indústrias (Fiemt). Para o presidente Mauro Mendes, a taxa projetada deve consolidar-se como uma das maiores entre as demais unidades da federação. Ele justifica que a performance do Estado tem mostrado uma realidade diferente daquela instaurada pelos efeitos da crise internacional, que há exatamente um ano assolou o mundo, gerando desemprego, fechamento de empresas e demais consequências.
“Temos vivido dificuldades mas nossa economia é pujante e está encontrando o caminho da competitividade”, declarou, em entrevista ao Só Notícias. Para o representante, a tendência é iniciar 2010 “pisando no acelerador”, falou.
Mendes comemorou o fato de Mato Grosso estar andando na contra mão da recessão global. Enquanto no mundo empresas faliram, o mercado quebrou, no Estado foram adversos os impactos, conforme estudo divulgado pela Fiemt. Apenas a oferta de empregos mato-grossenses caiu na época da recessão.
“Mato Grosso e o Brasil não tiveram impacto tão considerável. Alguns setores foram prejudicados como o da carne [frigoríficos]”, complementou o empresário. No entender de Mauro, o setor alimentício sustentou o bom desempenho estadual e contribuiu para um cenário inverso ao global.
“Mato Grosso tem uma economia focada nas exportações de commodities. Embora o mundo estivesse em recessão os estoques de alimentos estavam baixos. É por isto que aumentamos a reposição porque o mundo continuou consumindo [alimentos]”, considerou. “As commodities alimentares deram um fôlego para Mato Grosso. O Estado comemora porque estamos melhores e fortalecidos para continuar avançando no processo de crescimento, industrialização”, finalizou.