O Governo do Estado está avançando nas negociações com bancos privados e investidores internacionais para efetivar propostas de renegociação da dívida do Estado de Mato Grosso e reforçar o pleito junto ao Governo Federal. Nesta quarta-feira, o vice-presidente da Área de Governo do Banco do Brasil, Maguito Vilela se reuniu com o governador Blairo Maggi, o presidente da Agência de Fomento do Estado, Éder Moraes e secretários adjuntos de Fazenda e Planejamento para falar do interesse de bancos internacionais na proposta apresentada pelo Estado.
A proposta defendida e apresentada por Maggi junto à União e que está sendo analisada pela equipe econômica do Governo, é de que a dívida do Estado e de outras unidades da federação possa ser renegociada com bancos privados, abrindo dessa forma, a capacidade de ampliação em investimentos estruturais e prosseguimento em projetos. A proposta se concentra, além da compra das dívidas, em um prazo de carência maior, redução nos juros – a atual taxa mantida com o governo, está em torno de 10,5% ao ano – e garantias de pagamento, que neste caso, os bancos terão por meio de repasses constitucionais da União aos estados, como o Fundo de Participação dos Estados (FPE).
Além de atender uma série de necessidades, o que é o alongamento coloca a União em vantagem, uma vez que a dívida será paga ao Governo Federal à vista e os bancos é que serão os credores dos estados.
Segundo o presidente da MT Fomento, que está conduzindo a articulação junto aos bancos privados, algumas dessas instituições demonstraram interesse na proposta defendida por Mato Grosso, a exemplo dos bancos europeus Credit Suisse e UBS Pactual. “São instituições importantes no mercado financeiro que demonstraram bastante interesse e trabalham com segurança para os investidores. Agora vamos buscar a melhor solução de mercado para que depois seja reunido em um documento a ser submetido à Secretaria do Tesouro Nacional (STN)”, afirmou Moraes.