Todo início de ano é assim. Os pais já começam a pensar na compra do material escolar dos filhos. De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório (Abfiae), este ano, o reajuste nos preços será superior à inflação (não chegou a 7%) e deve variar de 8 a 10% em relação ao mesmo período de 2015.
Três fatores influenciaram para este aumento. O diretor de relações institucionais da Abfiae, Ricardo Carrijo, disse que o reajuste em itens que compõem a matéria prima e de salários e a elevação da taxa do dólar fizeram com que os valores de materiais sofressem acréscimo.
Nas papelarias de Cuiabá o movimento na primeira semana de janeiro está bem tranquilo. Apesar da procura estar tímida, a proprietária de uma papelaria na região Central de Capital, Marilene Belissari Guimarães, diz que a expectativa é de um crescimento de 10% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. “A educação é um investimento para muitos pais e neste momento os pais priorizam”.
Ela espera que a partir da segunda quinzena de janeiro, a loja fica mais movimentada. Para não deixar o consumidor sem produto, o estoque foi reforçado em 50% a mais comparado aos outros meses do ano. Marilene relata que alguns itens tiveram reajuste de preço como a caneta hidrocor e o lápis de cor.
O economista Benedito Dias Pereira informou que a velha dica de pesquisar deve ser usada neste período. Outra alternativa é a formação de “cooperativa” de pais para irem juntos às papelarias para fazerem as compras e conseguirem mais descontos.
Também deve ser evitada a compra de produtos de personagens ou difundidos pela mídia, normalmente estes tem preços mais elevados. Para quem quer economizar, a estratégia é optar por itens padronizados que apresentem a mesma qualidade. Ele destaca que isto vai depender do poder de compra dos pais.