A crise econômica mundial está impedindo Mato Grosso de renegociar suas dívidas de R$ 5 bilhões com a União, já que os juros dispararam e atingiram a 14,2%, ou seja, muito mais do que o atualmente praticado pelo governo federal que atinge a 6% mais IGPDI. Mesmo estando com o aval da STN o governador Blairo Maggi (PR), cauteloso, preferiu aguardar que o processo esteja todo pronto, ou seja, nas apenas a parte burocrática, mas também a parte política que depende ainda do Senado Federal e da Assembléia Legislativa, sendo que entre os senadores deverá haver dificuldades porque todos os Estados e municípios tem dívidas e vão querer um tratamento isonômico como o que foi oferecido a Mato Grosso.
“O próprio chefe do poder Executivo refluiu por enquanto da renegociação até que a crise econômica esteja ultrapassada, ou seja, o momento não é propicio a se fazer uma grande operação de R$ 5 bilhões”, explicou Éder Moraes, presidente da MT Fomento e coordenador da renegociação das dívidas. Inclusive nesta segunda-feira, será a vez do Banco Merrill Lynch apresentar no Tesouro Nacional sua proposta de aquisição da dívida de Mato Grosso, como já aconteceu com o Creditt Suisse.
Depois de apresentada a segunda proposta, Mato Grosso decidirá qual delas será referendada pelo Governo do Estado e remetida a apreciação da STN, Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento, Advocacia Geral da União, Senado Federal e Assembléia Legislativa de Mato Grosso.
As regras serão as mesmas para os bancos, ou seja, 20 anos para pagamento com seis anos de carência e juros idênticos aos praticados pelo Tesouro Nacional 6% mais IGPDI. O governador Blairo Maggi (PR) se prepara para negociar com os senadores e os governadores de Estados interessados em também renegociar suas dívidas, como no caso de Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás.