O governador Blairo Maggi (PR) disse que “se necessário o Estado vai adquirir gás para atender a demanda em Mato Grosso”, explicou ele ao admitir que o contrato existente entre a EPE – Empresa Pantanal Energia, detentora da Usina Mário Covas, o Governo e a Bolívia já foram renovados por três ou quatro vezes, sendo que as regras acabaram se tornando mais rígidas. “Não vejo como voltar a negociar com a Bolívia, então acredito que a solução tem que ser buscada em São Paulo”.
Para o governador a situação preocupa, mas o Estado vai encontrar uma solução juntamente com a União para o problema social, ou seja, para os taxistas e para as empresas que já iniciaram os investimentos para o processo de transformação de suas matrizes energéticas, como no caso da Sadia. “O Estado só não tem como subsidiar a questão do transporte do gás até Mato Grosso, no mais vamos abrir as negociações e tentar chegar a um consenso para atender a demanda”, acrescentou o governador.
Maggi ponderou ainda que não há como o governo defender os interesses da EPE, mas está preocupado com a questão social que envolve o gás em MT, onde já existe uma média de 4 mil veículos utilizando o combustível que é mais limpo e mais barato para quem depende do mesmo para trabalhar.
O governador negou ainda que este tipo de atropelo possa provocar um afastamento no interesse daqueles que pretendem utilizar o gás natural, apenas que deverá retardar até que a União encontre outras soluções para abastecer o mercado nacional que não dependa tanto do bom humor de países vizinhos. “Sei que fomos incentivadores do gás natural e estamos buscando soluções que resolvam emergencialmente os problemas mais ligados aos trabalhadores, como taxistas. As outras decisões vão depender de novas negociações que passarão por Brasília, pela Petrobrás e pelo Ministério das Relações Exteriores”.