O setor madeireiro quer extinguir a obrigatoridade da classificação de madeira realizada pelo Indea -Instituto de Defesa Agropecuária-. O Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad) argumenta que a identificação das espécies comercializadas pelas empresas também é feita pela Sema-Secretaria Estadual de Meio Ambiente- para emitir a Guia Florestal. O Indea faz a classificação para liberar guia e ser feito o transporte da carga. Segundo o presidente José Eduardo Pinto, não há a necessidade de ser feita a classificação pelo Indea, já que a da Sema identifica a espécie de madeira que está sendo transportada. Eduardo destaca que, em determinados casos, as duas classificações causam ‘confusão’ devido a Sema classificar como um tipo e o Indea outro e, a carga ser barrada durante o transporte. “Estamos fazendo uma pesquisa jurídica justamente para extinguir a necessidade de classificação junto ao Indea e equacionar as divergências entre os dois órgãos”, afirmou. “Infelizmente são dois órgãos do mesmo governo que não se entendem”, criticou. As duas taxas são pagas pelas indústrias madeireiras.
“Estamos em um período de final de ano, de décimo terceiro para pagar, muitas empresas vão entrar em férias coletivas dia 20 e precisarão pagar as férias de seus funcionários, tem uma crise mundial instalada e temos um Estado que trava uma atividade de continuar operando. É inadmissível para nós ficarmos reféns de uma situação desta. Esperamos que o Governo do Estado resolva essa situação de imediato, porque se não o setor vai quebrar, o setor já não suporta mais uma situação dessas”, acrescentou o presidente do maior sindicato de indústrias madeireiras, referindo-se também a retomada da greve no Indea, prevista para hoje.
A paralisação deve trazer mais prejuízos a madeireiros e frigoríficos que precisam da guia de transporte animal para o gado sair da fazenda e chegar até os locais de abate. De acordo com o presidente do sindicato, José Eduardo Pinto, enquanto o Indea estiver em greve o setor não conseguirá carregar madeiras porque as guias de classificação deixarão de ser emitidas e as empresas não cumprirão prazos de entrega para os clientes.
A greve no Indea está sendo retomada porque os servidores querem mudanças no Plano de Cargos, Carreiras e Salários que impedem melhores salários. O plano estava na Assembléia e, conforme Só Notícias já informou, após 3 dias de greve, recentemente, a categoria voltou ao trabalho com a promessa do governo em fazer ajustes. Mas os servidores não consideraram satisfatória a proposta de aumento salarial e estão retomando o movimento grevista por tempo indeterminado
Leia mais
Sem acordo greve no Indea será retomada em Mato Grosso
Madeireiros de MT podem pedir ressarcimento do Fethab