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Madeireiras “apreensivas” com processo de transição, diz Sindusmad

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A transferência dos processos das madeireiras do Ibama para a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) começou no último dia 03, mas, conforme informações da regional do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) de Sinop, apenas 50 empresas, procuraram o órgão até agora para solicitar a transferência do cadastro para a SEMA, que passou a gerenciar as atividades do setor florestal no Estado.

O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad), Jaldes Langer, disse, em entrevista ao Só Notícias, que muitos empresários estão “apreensivos” com as mudanças no setor. “Agora estamos sob responsabilidade da SEMA. Então, as empresas ficam na expectativa se terão o mesmo atendimento, se os novos processos, com a Guia Florestal, que substitui a ATPF, serão da mesma forma, e se a fluência dos documentos vai ser melhor que antes”, explicou.

Outro motivo que está preocupando os madeireiros, segundo ele, é o custo que com o responsável técnico que cuidará da questão burocrática da madeireira, com a transferência. Langer explica que as despesas variam conforme o tamanho da empresa, e podem ser de R$ 1,5 mil até R$ 5 mil. “Muitos empresas começaram a trabalhar na semana passada e já estão procurando o órgão”, enfatiza.

Mas o representante dos madeireiros ressalta que, mesmo com as mudanças, o setor deve passar por um período de readeqüação para que as atividades sejam normalizadas. “Não vai melhorar de uma hora para outra. Acredito que leve um período de, pelo menos, 3 a 4 meses para que as coisas comecem a andar”, acrescenta.

O setor hoje
“Hoje a situação do setor está delicada. A questão cambial não nos favorece nas exportações, e o setor de compensados está muito prejudicado. Por outro lado estamos no período de chuvas, em que não se consegue fazer secagem natural da madeira e nem retirar madeira da floresta, devido as condições das estradas. Também tivemos uma restrição muito grande de oferta de matéria-prima no mercado desde a Curupira (operação desencadeada no mês de junho para combater a atividade ilegal no setor madeireiro, em que muitas indústrias paralisaram parcialmente as atividades devido as grande dificuldades enfrentadas para continuar os trabalhos)”, avalia Langer. “Mas a Sema vem com uma dinâmica nova, de fomentar e desenvolver o setor. E nós estamos trabalhando de forma pró-ativa para que o setor volte a gerar emprego e renda dentro do Estado”, conclui entusiasmado.

Atualmente, o Sindusmad atende indústrias madeireiras de 38 municípios do Nortão. A transferência das funções, relacionadas a gestão ambiental, à Sema, era muito esperada pelo setor, que sofreu um grande impacto econômico após a operação Curupira. Milhares de desempregos foram gerados em todo o Nortão. A crise econômica atingiu vários setores, e muitas empresas fecharam.

As exigências e a demora na liberação de planos de manejo fizeram com que muitas empresas paralisassem parte dos trabalhos. As expectativas do setor são de que, com a transferência, os processos sejam acelerados. Uma das principais mudanças está com a liberação imediata de 30% do talhão de toras, para os planos que contenham todas as exigências.

A gerência do Ibama acredita que o período de transferência pode levar até 45 dias. Para isso as empresas devem solicitar ao órgão a transferência dos cadastros à SEMA, mas não devem ter pendências com o órgão.

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