O reaproveitamento de resíduos produzidos por indústrias madeireiras está sendo estudado pelo Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte de Mato Grosso (Simenorte). Uma das soluções seria a implantação de uma fábrica de cavaco ou de briquetes. O presidente Lindomar Elias Dela Justina disse, ao Só Notícias, que estão em negociação com uma empresa de Sinop e outra de Nova Maringá. “Estamos fazendo um estudo para saber quanto de resíduos as empresas produzem para apresentarmos à essas empresas, que avaliarão a viabilidade de se instalarem aqui. Esperamos que no máximo em 90 dias tenhamos uma solução”, destacou.
Um termo de compromisso foi firmado entre o setor e o Ministério Público, em que os madeireiros se comprometeram em não queimar os resíduos, como vinha sendo feito por algumas empresas, e assim reduzir a poluição do meio ambiente. A preocupação aumenta no período de seca, quando a umidade do ar é muito baixa e causa muita fumaça.
Além de ambientalmente correta, a reutilização do que hoje é considerado lixo por muitas empresas, pode agregar valor e aumentar os lucros da empresa. Em outros casos, as empresas podem adquirir suas próprias máquinas, que podem custar, em média R$ 100 mil, variando conforme o porte da empresa, e fabricar os cavacos para colocar no mercado. Estes são utilizados como combustível para a caldeira, na geração de vapor para a produção, podendo reduzir em até 50% os custos das empresas com a produção.
Alta Floresta tem várias indústrias madeireiras e moveleiras, base da economia de todo o extremo Norte, incluindo outros municípios como Carlinda, Paranaíta, Apiacás, Nova Monte Verde e Nova Bandeirantes. Cerca de 50% das empresas são associadas ao sindicato atualmente.