Queda de 11,29% nas exportações e milhares de desempregos gerados são os principais reflexos da crise que o setor madeireiro – principal atividade econômica de Sinop – enfrentou no ano passado, em Sinop, após ser deflagrada a Operação Curupira, que teve como objetivo coibir crimes ambientais na região e punir empresas que atuavam na irregularidade. Porém, mesmo atuando na legalidade, muitas madeireiras foram afetadas e paralisaram parte de suas atividades.
Para o prefeito Nilson Leitão, a solução imediata para o reaquecimento da economia do município, é a retomada do setor. Leitão disse, em uma emissora de tv, que uma pesquisa realizada pela prefeitura, aponta que o setor empregava cerca de 22 mil pessoas em Sinop, e hoje esse número caiu para 8 mil. O índice de desemprego passou de 4% para 12%.
A exportação de compensados (lidera o volume de exportações do município) que chegou a US$ 32.800.654 em 2004, caiu para US$ 21.637.926 no ano passado. A madeira serrada vem em segundo lugar no volume das exportações, movimentando US$ 12.692.607 em 2005. O total comercializado foi de US$ 48.957.262.
O prefeito também destacou que o setor também deve investir em novas alternativas, como o aproveitamento de resíduos da madeira. Hoje, cerca de 20% da madeira é desperdiçada e a cada oito metros cúbicos de madeira, dois novos empregos serão gerados através desse projeto. “Estamos fazendo convênios com o Sindusmad para dar qualificação e informações às empresas”, completou.
Nilson Leitão também disse que, apesar das perdas com a crise no agronegócio, a prioridade hoje é o setor madeireiro. Há um mês agricultores de toda a região protestam cobrando soluções imediatas do Governo Federal, mas, segundo o prefeito, mesmo com o pacote que deve ser anunciado nesta quinta-feira, pelo governo, a atividade só conseguirá retomar 100% no ano que vem.
Ele disse ainda que novas alternativas estão sendo viabilizadas para Sinop. Entre elas a fruticultura, para a produção de conservas, em parceria com uma fábrica de Sinop, que beneficiará cerca de 500 pequenos produtores.