A informação de que a Bolívia só poderá enviar gás natural à Termelétrica de Cuiabá a partir de agosto, é avaliada como positiva pelo chefe do Escritório de Representações do governo do Estado em Brasília, Jefferson de Castro Júnior. Ele afirma que a previsão da data é um sinal de que o país vizinho tem intenção de firmar um contrato definitivo com a Empresa Pantanal Energia, e que espera um momento em que o país tenha produção suficiente para honrar o envio de 2,2 milhões metros cúbicos (m3), a partir de janeiro de 2010.
Apesar de ter um posicionamento quase que definitivo sobre o reabastecimento da usina, Castro Júnior considera que as tentativas para a retomada do abastecimento continuarão. A expectativa é que decisões mais concretas sejam tomadas na primeira semana de março, quando está agendada uma reunião entre os ministros brasileiro Edison Lobão, boliviano Carlos Villegas e um representante argentino, que deve ocorrer em La Paz, na Bolívia.
Hoje, os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; da Bolívia, Evo Morales e da Argentina, Cristina Kirchner se reúnem em Buenos Aires para chegarem a um acordo sobre o compartilhamento no envio de gás natural às nações importadoras do produto durante determinado período, quando aumenta a demanda em um ou outro país. Apesar de tratar do gás, não há confirmação de que a termelétrica é pauta do encontro.