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Lucas: 60% dos produtos para alimentação são comprados fora

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Pesquisa realizada pela Faculdade La Salle revelou que a maioria dos produtos da agricultura familiar utilizados no consumo pela população em Lucas do Rio Verde origina-se de fora da cidade. Enquanto 40% dos itens são cultivados por famílias em âmbito local, 60% são comprados noutras localidades. O principal mercado fornecedor não foi identificado, embora presume-se estar concentrado na região Centro-Oeste. A realidade acena para uma mesma perspectiva de outras cidades mato-grossenses; a necessidade de implementar medidas para fomentar o desenvolvimento da cadeia.

Pesquisadores identificaram ainda que a maior movimentação financeira ocorre fora da cidade. Isto quer dizer que por mês as empresas luverdenses gastam estimados R$ 600 mil na compra de hortifrutis além das fronteiras da cidade. Dentro de Lucas do Rio Verde, média de R$ 500 mil. Para a secretária de Agricultura, Luciane Copetti, o quadro pode ser revertido para garantir a geração de renda das famílias.

Para isto deve-se primeiramente identificar os pontos deficitários. “É preciso identificar os gargalos na produção. Se é assistência técnica, estrutura dos produtores, parte financeira, ou se o perfil dos agricultores não é de produzir bastante e apenas para a própria subsistência”, declarou, em entrevista ao Só Notícias.

A coleta de dados no município foi realizada junto 50 agricultores (dos 80 praticantes da modalidade familiar) e 8 estabelecimentos comerciais. Os dados completos serão divulgados amanhã durante o primeiro seminário que vai discutir a produção de alimentos e segurança alimentar. Uma das características demonstra que a maioria das empresas recorrem aos mercados de fora da cidade para abastecerem seus estoques porque em Lucas não há uma produção constante dos hortifrutis.

Nesta perspectiva, explica Copetti, cita-se o caso do abacaxi, cultivado em épocas específicas do ano. Posterior ao ciclo, o produto fica escasso. “Há muita sazonalidade na produção. Produz abacaxi três meses por ano. Depois, nestes nove meses não. A oferta do produto não é constante”, acrescentou a secretária.

O mesmo seminário de amanhã pretende discutir ainda aspectos da legislação vigente no que tange a vigilância sanitária e o Sistema de Inspeção Municipal.

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