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Lideranças cobram terminal e expansão de ferrovia para o Nortão

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Representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estão debatendo com membros de entidades do setor produtivo e politico, esta tarde, na Câmara de Sinop, a projeção econômica da ferrovia Senador Vicente Vuolo. As discussões são para a elaboração do Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA), dos trechos ferroviários de Rondonópolis até Cuiabá (cerca de 200 quilômetros) e de Cuiabá a Santarém (mais de 1,5 mil quilômetros). Lideranças têm cobrado a implantação de um terminal ferroviário em Sinop. Os estudos começaram em abril e devem terminar no mesmo mês do próximo ano, para posterior análise de investimento e realização de licitação.

Fernando Ceabra, economista e professor na Universidade Federal de Santa Catarina, um dos contratados para elaboração dos estudos, disse, em entrevista ao Só Notícias, que nesta etapa são colhidos dados econômicos e técnicos para viabilidade do projeto. “Nosso interesse é em buscar junto ao setor produtivo e ao governo quais são as expectativas e investimentos de novos negócios que podem estar dinamizando essas regiões e sendo carga potencial para a ferrovia. Temos claro isso mapeado, tanto de comércio-comércio, como comércio exterior mas julgamos muito importante coletar essas informações junto ao setor produtivo e também ao governo local. Essa é nossa intenção. Construir essa projeção de mercado junto com o setor produtivo”.

O representante da ANTT, Roberto Vaz da Silva (foto), destacou que a partir dos dados são feitas perspectivas. “Estabelecemos projeções em relação a demanda atual levantada e procuramos ver quais são as taxas de crescimento dessa produção. Logo em seguida nós vamos verificar quais são os produtos que têm potencial para serem transportados por ferrovia. Porque nem tudo tem condição. Temos que fazer este estudo. Em paralelo vamos fazer os estudos de engenharia que vão definir o traçado básico dessas ferrovias. Essa é basicamente a primeira parte do estudo que ainda contempla uma parte de análise de potencial agressão ao meio ambiente”.

Após a fase do estudo de viabilidade, Roberto explicou que passa ser avaliado local para instalação do terminal ferroviário. A cobrança de lideranças é que seja em Sinop, no entanto, as discussões estão em andamento. “Há uma análise que chamamos de projeto operacional da ferrovia onde vamos identificar onde serão provavelmente os principais locais de terminal de transbordo, seja ferrovia-ferrovia, ferrovia-rodovia”, disse. “Nosso estudo está muito no início, não chegamos ainda nesta parte operacional onde vamos procurar definir prováveis locais de terminais de transbordo mas estamos ainda bastante longe disso”, completou.

O presidente do sindicato rural de Sinop, Leonildo Bares, destacou a produção da região e reforçou a importância do terminal ferroviário. “Temos uma produtividade boa na média região e uma área de expansão entre Sinop e o entorno que chega 750 mil hectares de lavoura. Tem que instalar porque se pegar uma ferrovia de Cuiabá e Santarém tem que passar por Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop. Quando se passa por aqui tem uma área de abrangência de 60% da região e ainda há área de expansão dentro da pecuária. Tem uma necessidade muito grande”.

A vice-prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PSB), apontou que com o terminal ferroviário, além da facilidade no escoamento da produção, novas empresas devem investir na cidade e região movimentado a economia. “Porque podemos atrair novas para empresas para investir e com isso acaba valorizando toda a região diretamente, principalmente as pessoa que têm suas casas e propriedades no município. Todos ganham com isso. Hoje Sinop é conhecida no mundo inteiro, Mato Grosso principalmente, como um celeiro do mundo e nada mais justo do que continuarmos trabalhando juntos. A importância dessa reunião e das entidades em mostrarem a força e a capacidade nossa de produção e as perspectivas de aumento, o governo tem que sensibilizar para condição de escoarmos essa produção”.

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