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Levantamento vai legalizar atividade madeireira no Nortão

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O Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte de Mato Grosso quer legalizar a atividade que gera 12 mil emprego diretos e 4 indiretos na região. Para tanto, um levantamento que está sendo feito vai apontar quem está atuando legalmente ou não. A proposta é separar “o jóio do trigo” para viabilizar a produção. De cara, sobram irregularidades: das 600 madeireiras cadastradas, existem apenas 120. As demais são ‘fantasmas’, ou seja, são empresas de fachada. Daí ocorreu o desmonte da máfia que agia ilegalmente desmantelada na Operação Currupira.

De acordo com o presidente do sindicato, Augusto Passos, após a operação, atividade madeireira tornou-se inviável. Agora, eles querem fazem um balanço – antes de pois da operação – para saber quem está atuando dentro da legalidade para não prejudicar a economia dos Município, cuja crise grassa uma das principais fontes de renda. “Se a pessoa cometeu crime, que vá para a cadeia”, sentenciou Passos.

Nos seis Municípios que formam o pólo Alta Floresta, Apiacás, Paranaíta, Nova Badeirantes, Nova Monte Verde e Carlinda, há 52 filiados e 120 empresas legalizadas. Juntas, o faturamento anual delas antes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) suspender a emissão de Autorização para o Transporte de Produtos Florestais (ATPs), era de R$ 250 milhões. “Estamos buscando uma forma de retomar a atividade”, disse Passos.

Neste sábado (19.11), o secretário de Desenvolvimento Rural, Clóves Vettorato, visitou a Madeireira Talisia, de propriedade de Passos, que está desativada. O madeireiro já chegou a empregar 160 pessoas no empreendimento e produzir 220 metros cúbicos de madeira\mês.

A propriedade de Passos, anunciou Vettorato, será um empreendimentos que voltarão atuar com a implantação da nova legislação ambiental a partir do próximo ano, quando a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) assume as funções do Ibama.

Em Alta Floresta, a indústria madeireira tinha 40 marcenarias em funcionamento, gerando mais de 700 empregos diretos. O Município produz móveis de todos os estilos que são vendidos em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Estados do Sul e Nordeste.

Em 2004, Mato Grosso exportou US$ 197.632.513. No período, o recolhimento de ICMS foi de R$ 99 milhões. De janeiro a maio deste ano, antes, portanto, da Operação Currupira, o total exportado foi de US$ 80.341.470. O valor do ICMS recolhido chegou a R$ 51,2 milhões.

Câmara Setorial – Empresários de Alta Floresta implantaram na última sexta-feira (18.11) a Câmara Setorial de Desenvolvimento Regional. O objetivo, explicou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Valdemir José Dobri, é instituir um fórum permanente de discussões para debater ações necessárias para o desenvolvimento e a busca de melhor qualidade de vida para a região.

Para executar as atividades, a proposta é constituir um fundo com recursos privados, para subsidiar as instituições e parceiros na realização de projetos da região. Uma das finalidades é propor e organizar ações de combate ao entrave econômico da região e descobrir as oportunidades de negócios a curto, médio e longo prazos.

“A primeira grande preocupação agora deve ser a de consolidarmos e viabilizarmos as atividades já existentes, e em paralelo, desenvolvermos outras atividades, agregando valor aos produtos já produzidos na região e buscando outras formas de alternativas de produção que sejam renováveis e ecológicas”, disse Dobri.

Castanhas – Um exemplo de atividade sustentável visitada sábado por Vettorato é a empresa Ouro Verde Agroflorestal que atua na área florestal e agroindustrial. A Ouro Verde está transformando a castanha-do-pará em produtos de maior valor agregado e de excelente qualidade como o óleo de castanha extravirgem prensado a frio, o creme, o granulado, além do produto in natura embalado à vácuo.

A castanheira cresce nas terras altas da Amazônia e atingem cerca de 50 metros, podendo viver mais de 500 anos. Seus frutos, chamados de ouriços, podem guardar até 24 sementes. Quando maduros, despencam do alto da árvore. Os ouriços são apanhados no chão pelas comunidades que vivem das castanha e, depois de serem cortados, as castanhas ainda na casca, são levados para um pátio de armazenamento da Ouro Verde.

Em seguida, as castanhas são colocadas num terreiro para a secagem preliminar. Dois a três depois, começa o processamento primário, quando são colocados num secador rotativo, onde permanecem por 12 horas sob temperatura média de 70 graus Celsius. Depois, passam por um banho de vapor sob pressão. Só então são quebradas, classificadas, selecionadas e padronizadas, uma a uma por tamanho e qualidade.

A partir desse ponto, linha de produção pode destinar cada castanha para a produção do azeite, do granulado, da pasta ou para envasamento in natura sem casca.

Acompanharam o secretário Vettorato em viagem à região Norte, os presidentes do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Jair Mariano, e da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Aréssio Paquer e o secretário-adjunto de Gestão e Agronegócio, Manoel Rodrigues Palma.

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