As taxas dos principais contratos de juros futuros fecharam em leve queda nesta quarta-feira (28). Os agentes avaliaram os indicadores nacionais, apontando para o cumprimento da meta de superávit primário para 2011 e com o mercado apostando em um novo corte na taxa de juros.
Segundo a equipe de analistas da Elite Corretora, o mercado continua apontando para uma Selic a 10% ao ano em 2012. Para a corretora, apesar da pouca liquidez que caracteriza a última semana do ano, os juros registram forte oscilação nos últimos pregões do ano.
Já na agenda do dia, a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou que a confiança da indústria registrou a primeira e única alta de 2011 no mês de dezembro, ao avançar 1,1% em relação ao mês anterior. Apesar da alta no mês, o ICI (Índice de Confiança da Indústria) de 101,8 pontos continua inferior à média histórica de 2003, quando foi de 103,9.
Por sua vez, o ISA (Índice da Situação Atual) avançou 1,9% em dezembro, chegando a 102,4 pontos, após alcançar em novembro passado a marca de 100,5 pontos, o menor nível desde julho de 2009, quando foi de 96,7 pontos.
Nota de Política Fiscal
Já o BC divulgou, em sua Nota de Política Fiscal, que o setor público brasileiro apresentou um superávit primário de R$ 8,2 bilhões durante o mês de novembro. No ano, o superávit primário acumulado do setor público atingiu R$ 126,8 bilhões (3,36% do PIB – Produto Interno Bruto), comparativamente a R$ 90,8 bilhões (2,65% do PIB) no mesmo período do ano anterior.
Esse superávit primário acumulado até novembro representa 99% da meta estipulada para o ano, de R$ 127,9 bilhões. No acumulado em 12 meses até outubro, o superávit alcançou R$ 137,6 bilhões (3,34% do PIB).
Segundo a Rosenberg Associados, dezembro costuma apresentar déficits primários, porém neste ano o governo deverá apresentar superávit, com a possibilidade de superar a meta. Segundo a equipe de análise da consultoria, ainda há dúvida se o governo usará o excedente para quitar antecipadamente alguns compromissos de 2012, aliviando um pouco a difícil meta do ano que vem.
"Tal estratégia seria positiva, dado que a manutenção do quadro fiscal é necessária para manter o Brasil relativamente bem perante os demais países, ainda mais num período de crise internacional", avaliam.