O frigorífico JBS enviou ao mercado um comunicado em que rebate as acusações do Ministério Público Federal, no Mato Grosso, sobre a compra de animais para abate de propriedades que estão na lista de locais embargados por irregularidades ambientais, como áreas indígenas ou aquelas que utilizam trabalho escravo.
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Segundo a empresa, as compras realizadas junto a 13 fazendas embargadas pelo Ibama foram realizadas em datas anteriores à publicação no site do Ibama das propriedades na lista de restrições do órgão público.
Sobre as áreas indígenas, a JBS afirma que nunca teve acesso a uma listagem desse tipo de propriedade, apesar de ter pedido às autoridades responsáveis. "Diante disso, a empresa assumiu os custos da operação e passou a fazer o georreferenciamento [monitoramento] de 100% das propriedades que fornecem gado para a empresa", afirma. "A partir desse levantamento, todas as coordenadas coletadas indicam que as fazendas mencionadas na notificação do Ministério Público estão fora das reservas indígenas."
Sobre as propriedades mencionadas na notificação do MPF, o JBS afirma que algumas nunca tiveram qualquer tipo de relação comercial com a companhia e sequer constam no banco de dados de fornecedores da companhia.
"Esse é um claro sinal que os dados consultados pelo Ministério Público e divulgados por organizações não governamentais não foram devidamente checados, o que tem levado os próprios órgãos de fiscalização a conclusões imprecisas", afirma a empresa. "Vale ressaltar ainda que em Mato Grosso, o prazo para o cadastramento do perímetro das propriedades agropecuárias, dado esse que tornaria a análise ainda mais precisa, foi prorrogado para novembro de 2012."