Uma missão empresarial de potenciais investidores da Irlanda esteve em Sinop. É o primeiro passo para negociar com pequenos agricultores que têm produtos naturais, direto da terra para oferecer e, assim, proporcionar-lhes oportunidades de negócios, já quase não são vistos pelas grandes trades. “Nós detectamos uma demanda muito crescente na Europa que é a preocupação das pessoas com a saúde. Eles querem produtos mais naturais, que tenham mais frutas, exatamente como essa barra de cereal que estamos conhecendo”, disse Thornton, durante visita a uma indústria em Sinop.
Sinop já mantém relações comerciais com a Irlanda, no entanto, ainda tímidas e sem relacionar produtos da fruticultura. Somente no acumulado de janeiro a dezembro de 2017 o município exportou ao país o equivalente a US$ 11,3 milhões (US$ 11.337.461) em diferentes produtos, informa a assessoria da secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico da prefeitura. A participação irlandesa, na soma global de negócios fechados, representa menos de 2% (1,76%) de todo o montante vendido por Sinop ao mercado internacional.
Os irlandeses também buscam maior oferta de frutas in natura ou já processadas em forma de polpa. Raymond explica que tem uma fazenda de plantação de batatas que são utilizadas para a fabricação de vodka. “Queremos associar as frutas tropicais que o Brasil tem à nossa vodka que produzimos”.
A missão empresarial que esteve em Sinop e Sorriso é liderada por Peter O’Nail, que trabalha com uma business network, receberam informações, principalmente, de peso das embalagens dos produtos e como podem ser escoados. Uma das alternativas aos empresários mato-grossenses é acessar o mercado europeu por meio dos portos do Arco Norte [Amazonas, Amapá, Pará e Maranhão] com a produção saindo do Estado via BR-163.
A assessoria informa ainda que eles conheceram produtos da terra como a castanha do Brasil e o guaraná, a Embrapa Agrossilvipastoril e os trabalhos e pesquisas científicas em cima de cultivares regionais.