O diretor-presidente da MT Fomento, Éder de Moraes Dias, informou nesta segunda-feira que o mercado financeiro interno e externo sinalizaram positivamente para a possibilidade de realongamento do perfil da dívida de Mato Grosso, calculada em R$ 5,2 bilhões. Pela proposta, essa divida seria alongada por mais 50 anos, com redução de taxas de juros e carências de dois anos. Ele informou que quatro instituições financeiras se manifestaram interessadas no negócio. Moraes esteve na França e em Portugal conversando com os investidores sobre o projeto, que consiste na compra dos ativos públicos.
O mercado externo e interno, segundo Moraes, manifestou interesse em operacionalizar este produto novo. “É verdadeiramente possível financiar diretamente o Estado de Mato Grosso, desde que vencidas as etapas legais e com aval do governo federal, cujo instrumento garantidor final é o Fundo de Participação dos Estados (FPE), o que representa para o Estado R$ 700 milhões anuais”- ponderou.
Ele atribuiu o interesse dos investidores ao bom momento da economia brasileira com reflexos positivos no mercado financeiro mundial, aliado à credibilidade do governo Blairo Maggi.
Os títulos da dívida brasileira estão sendo negociados em condições semelhantes as praticadas no atual contrato de refinanciamento do Estado, tendo em vista que existem títulos da dívida soberana com prazos de até 40 anos. O governo de Mato Grosso, segundo explicou o diretor da MT Fomento, tem agora instrumentos reais de pressão para que a União renegocie ou aponte solução para melhorar a capacidade de investimento que foi retirada do Estado. “Cumprimos a missão determinada pelo governador e temos consciência de que as renegociações agora mudam de esfera para o campo das relações institucionais”.