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“Nova Mutum será o pólo mais dinâmico do Estado”, diz pesquisadora

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Uma turma de mestrado em Ambiente de Desenvolvimento Regional, da UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso, esteve realizando visita à Nova Mutum na quinta-feira da última semana, dia 19. O objetivo foi levantar informações sobre o processo de transformação pelo qual passa o município, impulsionado tanto pela agroindustrialização como pela crise no setor agrícola.

A turma veio coordenada pela professora Julia Bernardes, da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, que já realizou várias pesquisas sobre o assunto na região. Durante coletiva com a imprensa a pesquisadora falou sobre as conseqüências inevitáveis ocasionadas pela crise que o setor agrícola enfrentou nos últimos dois anos. Para ela, que tem inclusive livros publicados sobre o desenvolvimento dos processos produtivos na região, o município de Nova Mutum é o pólo mais dinâmico de Mato Grosso. Confira entrevista.

Reportagem – Que tipo de estudos que vocês estão realizando na região?
Julia Bernardes – Nós estamos procurando aprofundar estudos na expansão da cadeia produtiva carne/grãos que hoje vem acontecendo no Médio Norte com força e rapidez surpreendente. Nós já estudamos a expansão da agricultura moderna aqui na região e em todo Mato Grosso há muito tempo e agora a novidade é essa expansão decorrente da tentativa de superar a crise, chamada “crise da agricultura moderna”.

Reportagem – As crises geralmente são cíclicas e levam à novas alternativas. Nesse período de estudo o que já foi possível perceber aqui na região?
Julia Bernardes – A crise sempre tem lado positivo e negativo. O lado negativo que eu vejo é a morte de muitas forças produtivas e de produtores. Os menores, com menos capacidade não vão poder continuar, pelo menos no nível que se exige hoje, pois a crise é altamente seletiva. O lado positivo é a busca por alternativas. Muda a escala de produção e o nível de integração de capitais, assim como a dinâmica da região. Isso não é para um município, mas sim para toda uma região. Eu acredito que em função disso, aqui está se formando um pólo dos mais dinâmicos de Mato Grosso.

Reportagem – Porque?
Julia Bernardes – Em função da atração de indústrias, do aproveitamento da matéria prima que já existe na região, da migração e por conseqüência da nova logística para escoamento da produção que vai passar a se exigir. Será necessário também que as prefeituras reformulem-se para atender essas necessidades. São mudanças globais aqui em Nova Mutum e região.

Reportagem – Você acredita que as cidades estão preparadas para todo esse processo?
Julia Bernardes – Eu acho que ninguém está preparado. Todos precisam se preparar desde já, senão vai ser caótico. As cidades têm condições para isso, mas ainda não estão preparadas porque tudo está acontecendo pouco a pouco. Agora é como se fosse um período muito preparatório desse novo ciclo de produção. Na verdade a Perdigão e a Sadia estão apenas se preparando para iniciar a produção de fato. Quando isso acontecer é que as coisas realmente poderão ser observadas. As prefeituras têm que começar a se preparar antes. Planejar como vão receber essa mão de obra, que indústrias vão receber e preparar o capital humano também, com toda razão.

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