O início do período de chuvas não está sendo observado apenas pelo setor agrícola para dar início ao plantio, mas também começam as preocupações de indústrias madeireiras em fazer estoques para o período chuvosos. A dificuldade da retirada de matéria-prima, devido as longas distâncias e precárias condições de tráfego em algumas estradas, nessa época, fazem com que muitas empresas intensifiquem os trabalhos para manter seus estoques.
Mas, o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), Jaldes Langer, destacou, em entrevista ao Só Notícias, que grande parte das indústrias está com seus estoques reduzidos. O setor ainda passa por um momento apreensivo, influenciado por vários fatores.
A demora na liberação de planos de manejo é um deles. Desde janeiro, quando a Secretaria do Estado do Meio Ambiente (Sema) assumiu a gestão ambiental no Estado, até o mês de agosto, tinham sido liberados 22 planos de manejo para a região de Sinop, equivalente ao montante de 230 mil metros cúbicos de madeira.
Outro fator colocado por ele, são as variações e especulações do mercado. “O setor espera uma reação positiva do mercado. O dólar teve uma reação nessa semana e isso é ótimo”, enfatizou. A moeda norte americana, que tinha começado a semana cotado a R$ 2,14, fechou na sexta-feira a R$ 2,20.
Apesar das dificuldades Sinop é considerada a capital do setor de base florestal. O volume movimentado com venda de madeira no município, até o mês de agosto, de R$ 111 milhões, representou 20% do total comercializado no Estado. Cerca de 50% da produção é exportada, o que o torna o maior exportador do Estado.