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Inflação oficial recua para 6,97% em 12 meses, mas está acima da meta

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A diminuição no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que passou de 0,53%, em setembro, para 0,43%, em outubro, foi influenciada pelo ritmo menos intenso de alta nos preços dos alimentos (de 0,64% para 0,56%).

O IPCA mede a inflação oficial do país. A taxa acumulada em 12 meses ficou em 6,97%, inferior aos 7,31% observados nos 12 meses anteriores, mas ainda maior do que o teto da meta definida pelo governo para este ano (6,5%). O centro da meta é 4,5%, com um intervalo de tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo. Em outubro de 2010, a taxa havia ficado em 0,75%. De janeiro a outubro, o indicador acumula alta de 5,43%

O resultado do IPCA de outubro foi divulgado na noite de ontem (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), devido a uma falha em seu sistema de publicação de informações no site, que permitiu a alguns usuários o acesso aos resultados dos indicadores econômicos que seriam divulgados apenas hoje (11).

De acordo com o resultado completo do indicador, apresentado nesta sexta-feira, apresentaram decréscimos os índices do leite (de 2,47% para 0,05%), do frango inteiro (de 2,94% para -0,05%) e do feijão-carioca (de 6,14% para -1,88%).

Os produtos não alimentícios também tiveram variação menor do que no mês anterior, tendo passado de 0,50% para 0,39%.

No grupo transportes, cuja taxa caiu de 0,78% para 0,48%, contribuíram para o decréscimo as passagens aéreas, que, embora tenham continuado a exercer o principal impacto no mês, reduziram o ritmo de alta. De acordo com o levantamento, para viagens em outubro, os voos disponíveis subiram, em média, 14,26% em relação ao registrado em setembro, quando a alta chegou a 23,40%. No mesmo grupo, também subiram com menos força os preços de combustíveis (de 0,69% para 0,10%) e conserto de automóvel (de 1,23% para 0,60%). Já as tarifas de ônibus interestaduais (de 0,01% para -0,20%) e os automóveis, tanto novos (de 0,18% para -0,09%) quanto usados (de 0,51% para -0,15%), ficaram mais baratos no período.

O grupo habitação (de 0,71% em setembro para 0,62% em outubro) também registrou decréscimo, influenciado pelos aumentos menos intensos em taxa de água e esgoto (de 1,19% para 0,86%), aluguel (de 0,92% para 0,80%), energia elétrica (de 0,55% para 0,40%) e gás de botijão (de 1,36% para 0,10%).

A taxa de despesas pessoais também caiu, de 0,53% para 0,22%, influenciada por empregados domésticos (de 1% para 0,10%), cabeleireiro (de 1,03% para 0,54%) e costureira (de 0,75% para 0,41%).

A região metropolitana de Porto Alegre (0,98%) foi a que registrou o índice mais elevado, e a de Salvador, o menor (0,00%).

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