O setor industrial e de prestação de serviços foram os responsáveis pelo maior número de contratações no mês de junho, em Sinop. Juntos, os dois segmentos contrataram 503 pessoas no mês. Os dados foram divulgados pelo Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged) referente apenas a trabalhadores com registro na carteira.
O número de novas admissões nos dois setores superou as demissões em junho. A indústria, em que se destaca a atividade madeireira, gerou um saldo positivo de 15 postos de trabalho no mês. Os números começam a mostrar as estimativas do setor madeireiro de voltar a gerar emprego a partir do segundo semestre, depois de gerar mais de 10 mil demissões em 2005.
Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), Jaldes Langer, o setor está trabalhando e buscando novas alternativas para criar novos negócios. “É uma situação muito modesta ainda. Precisamos de mais planos de manejo para retomarmos os trabalhos”, completou.
Os principais fatores que afetaram o segmento no ano passado foram a falta de matéria prima, devido a suspensão da liberação de planos de manejo pelo Ibama, após a operação Curupira na região Norte. Muitas madeireiras fecharam. Esta crise no setor afetou outros setores. Um deles foi o de prestação de serviços.
O segmento teve um crescimento acelerado nos últimos anos em Sinop. Só em 2005, 331 novos estabelecimentos foram instalados no município. No mês de junho o setor contratou 222 trabalhadores e demitiu 195.
Em terceiro lugar na geração de empregos no municípios ficou o comércio, que teve 213 novas admissões no mês. O setor foi o que mais gerou emprego em Sinop no primeiro semestre, com um total de 1.604 contratações. Mas mesmo assim não conseguiu superar as demissões, que somaram mais de duas mil entre janeiro e junho.
A reação nas novas contratações também aconteceu no setor agropecuário e de construção civil. Os dois tiveram saldos positivos de novas admissões.