A produção industrial de Mato Grosso cresceu 9,5% em março deste ano em comparação ao mês anterior. O índice é o maior entre as demais unidades da federação brasileira, acima até da média nacional, que foi de 1,1% no mesmo período. Os dados divulgados pelo Observatório da Indústria do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt) consideram os números da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento mostra uma recuperação de 7,7% frente aos resultados registrados nos dois primeiros meses desse ano, no entanto, a produção ainda está abaixa dos patamares apresentado no ano anterior. Quando verificado com o mesmo mês do ano passado, março de 2022, Mato Grosso apresentou aumento de dois dígitos e marca 6,7% no indicador ficando atrás apenas de Amazonas (23,5%), Mato Grosso do Sul (8,6%) e Minas Gerais (7,3%). Já a média nacional registrou tímido aumento de 0,9%. A indústria mato-grossense ainda apresentou números positivos a verificação do acumulado dos últimos doze meses, sendo 10,2.
Conforme o Observatório, os produtos de maior influência positiva por atividade registrado na comparação de março de 2023 frente a março de 2022, são: produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, óleo de soja refinado e resíduos de extração de soja), bebidas, produtos de madeira, biocombustíveis, produtos químicos (fertilizantes químicos das fórmulas NPK e Cloretos de potássio) e produtos de minerais não-metálico (clinquer e argamassas).
O presidente do Sistema Fiemt, Silvio Rangel, lembra que os resultados mostram uma recuperação da indústria do estado frente ao início do ano, porém ainda tímida em relação aos níveis do último ano. “No ano passado tivemos um ótimo desempenho, levando em conta que o ano anterior foi atípico por causa da recuperação pós pandemia. Período em que toda a economia nacional sofreu ajustes. Mato Grosso registrou, ao longo de 2022, crescimentos muito acima da média nacional”.
De acordo com ele, a indústria mato-grossense continuará em ritmo crescente com ênfase no setor de alimentos e de biocombustíveis. “Temos potencial para expandir esses setores, o trabalho é dar ênfase na verticalização da indústria, expandindo o mercado nacional e internacional”, disse.
