A implantação da Ferrovia Norte-Sul entre Miracema do Tocantins e Sorriso, como parte do “Projeto Brasil Central”, considerada uma alternativa para o escoamento da produção agropecuária da região Centro-norte do Estado foi discutida ontem, na Câmara Municipal.
O vereador Xuxu Dalmolin (PFL) apresentou requerimento para a realização de uma audiência pública com o objetivo de debater e analisar com autoridades, diretores da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, Secretaria Estadual de Infra-Estrutura e a sociedade em geral, a implantação da ferrovia.
O traçado inicial da Ferrovia Norte-Sul previa a construção de 1550 quilômetros de trilhos, cortando os estados do Maranhão, Tocantins e Goiás. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) pretendia priorizar ainda este ano a construção de um trecho da Ferrovia Norte Sul entre os municípios de Miracema do Tocantins a Sorriso, em Mato Grosso, o que não ocorreu.
Estudos da ANTT atestam a viabilidade da obra e a importância estratégica para o país.
O trecho entre Miracema do Tocantins e Sorriso, segundo o estudo da ANTT, é de 930 km. Na região de Mato Grosso, que abrange os municípios de Sorriso, Sinop, Lucas do Rio Verde, Rosário Oeste, Colider, Primavera do Leste, Nova Mutum, Tangará da Serra, Diamantino etc, são produzidos hoje cerca de 12 milhões de toneladas e nos próximos 25 anos a produção atingirá 50 milhões de toneladas.
Na perspectiva de o Brasil se transformar na maior potência de produção agrícola mundial e de derivados e diante a meta de exportar 200 milhões de toneladas em 20 anos, conforme estudos do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o escoamento desta produção dar-se-á em grandes navios que demandam portos de águas profundas.
Um ramal da ferrovia deve ser construído em Lucas do Rio Verde dando acesso ao Tocantins e Nordeste.
