O brasileiro está menos otimista de acordo com o Barômetro Global de Otimismo, estudo feito pelo IBOPE Inteligência no Brasil para a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN), que reúne dados de 65 países. Apenas 35% dos brasileiros esperam prosperidade econômica em 2015 (no ano passado, 49% estavam otimistas). Para 38% será um ano de dificuldade econômica. O novo ano, para 24% dos entrevistrados, será igual ao ano anterior.
“Desde 2012 o percentual dos que esperam uma economia melhor vem caindo no país. Vivemos um período de prosperidade econômica em 2011 que não se mostrou sustentável. Assim, os sinalizadores de retração parecem já estar afetando o dia a dia do brasileiro, que se mostra gradualmente mais pessimista em relação ao crescimento do país”, explica , através da assessoria, Laure Castelnau, diretora de marketing e novos negócios do IBOPE Inteligência.
Na média global, 42% acreditam que 2015 será um ano de prosperidade econômica, enquanto 23% acreditam que será um ano de dificuldade. Entre os continentes, o mais otimista em relação à economia é a África, onde 70% dos entrevistados esperam um ano melhor. Já os mais pessimistas estão na Europa Ocidental, onde 40% esperam um ano de dificuldade econômica.
Em comparação a outros países da América Latina, o Brasil ainda é o segundo país mais otimista, perdendo apenas para o Peru, onde 36% dizem que 2015 será melhor. Depois do Brasil aparecem Colômbia (34%), Equador (30%) e Argentina (21%). Os argentinos são os mais pessimistas: 39% acreditam que esse ano será de maior dificuldade econômica em comparação com 2014.
O Barômetro mede também o índice de felicidade das pessoas. Ao serem questionados sobre o tema, 70% dos brasileiros afirmam que estão felizes ou muito felizes. Outros 20% dizem que não estão felizes e nem infelizes. “Estranhamente, há uma forte dissociação entre o que os brasileiros esperam para sua vida pessoal e o que acreditam que acontecerá com o país”, observa Laure.
No total, o estudo ouviu 64.909 pessoas em 65 países. No Brasil foram feitas 2002 entrevistas entre outubro e novembro de 2014.