As vendas no comércio varejista no país cresceram 1,52% em abril na comparação com março, de acordo com pesquisa divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Trata-se de uma aceleração no ritmo dos negócios. Em março, o incremento havia sido de 0,13%. Já em fevereiro, houve queda de 3,86% no volume das vendas.
Na comparação com igual mês do ano passado, as vendas avançaram 7,42%. No ano, a alta acumulada é de 5,64%.
Segundo o IBGE, na comparação mês a mês, entre as quatro atividades com séries ajustadas sazonalmente, três tiveram altas e uma teve queda: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,67%); Móveis e eletrodomésticos (2,30%); Tecidos, vestuário e calçados (2,62%) e Combustíveis e lubrificantes (-2,28%).
Na comparação anual, o comércio de quase todo o país apresentou crescimento das vendas. Das 27 unidades da federação, 26 apresentaram alta nos negócios.
As maiores taxas ficaram com Roraima (39,32%); Amapá (16,05%); Amazonas (15,87%); Maranhão (14,13%) e Tocantins (13,67%). A única queda ocorreu em Mato Grosso (-11,97%).
Pela participação na composição da taxa do Comércio varejista, os destaques foram São Paulo (7,58%); Minas Gerais (11,33%); Rio de Janeiro (7,84%); Bahia (10,16%) e Santa Catarina com 8,83%.
Ainda na comparação com igual mês do ano passado, os maiores destaques ficaram por conta das vendas do setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (14,10%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (19,40%).
Segundo o instituto, as vendas do setor de Hipermercados, segmento que tem forte peso na composição do índice, foram as maiores obtidas pela atividade no ano e se devem à melhora nos níveis de ocupação e rendimento médio real.
Além disso, o IBGE também justifica a alta em razão do deslocamento da comemoração na Páscoa, de março, em 2005, para abril, em 2006.
O volume de vendas da atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico cresceu 19,40% em relação a abril de 2005, devido às vendas da Páscoa pelas lojas de departamento, um dos ramos da atividade.
Apresentaram resultados negativos no volume de vendas, as atividades de Tecidos, vestuário e calçados, com decréscimo de -3,20%, e Combustíveis e lubrificantes (-10,99%).
Metodologia
A PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) é realizada mensalmente pelo IBGE em todo o país. Vale ressaltar que, para mensurar o desempenho do setor, o IBGE apura a receita bruta de revenda das empresas varejistas formais com 20 ou mais pessoas ocupadas. Ao todo, são 9 mil informantes em todo o país.