Mato Grosso teve crescimento de 205% no percentual de pessoas utilizando a internet entre 2005 e 2011. A constatação foi feita pelo IBGE -Instituto Brasileiro Geografia e Estatística-, que divulgou, ontem, os estudos. Há 8 anos, o Estado estava com percentual de pessoas de 10 anos ou mais de idade de 18,3%. Até 2011, o percentual de acesso saltou para 49,5%. O crescimento em Mato Grosso foi acima da média nacional.
De 2005 para 2011, o contingente de pessoas que usaram a internet ao menos uma vez nos três meses anteriores à coleta da PNAD (que ocorreu no último trimestre de 2011) aumentou 143,8%, ou seja, em seis anos o número de internautas no país cresceu 45,8 milhões, chegando a 77,7 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade (46,5% do total) em 2011. Em 2009, o número de internautas em todo o país foi estimado em 67,7 milhões, representando 41,6% da população alvo. Nos anos de 2008 e 2005, estes totais foram estimados em 55,7 milhões (34,7% dessa população) e 31,9 milhões (20,9%), respectivamente.
Em 2011, o acesso à internet continuou sendo maior entre os jovens: os grupos etários de 15 a 17 anos (74,1%) e de 18 ou 19 anos de idade (71,8%) já tinham sido apontados, nos anos anteriores da pesquisa, com os maiores percentuais de pessoas que acessaram a rede. De 2005 para 2008, o aumento da proporção de pessoas que acessaram a internet foi maior nos grupos com idades de 10 a 24 anos. Já de 2008 para 2011, o maior aumento se deu nos grupos etários de 25 a 39 anos de idade. Destaca-se também o aumento do percentual de pessoas de 50 anos ou mais de idade que acessavam a internet, de 7,3%, em 2005, para 18,4%, em 2011.
A nível nacional, o IBGE aponta que os percentuais de internautas aumentaram em todas as classes de rendimento mensal domiciliar per capita, especialmente nas mais baixas: no grupo sem rendimento e com até ¼ de salário mínimo, o percentual de pessoas que acessaram a internet aumentou de 3,8% em 2005 para 21,4% em 2011; no grupo de mais de ¼ até metade do salário mínimo, ele foi de 7,8% para 30%, no grupo de ½ a um salário, de 15,8% para 39,5%. Em todos os anos pesquisados, o percentual de internautas foi maior na classe de rendimento de três a cinco salários mínimos, ultrapassando, inclusive, a classe de cinco ou mais salários mínimos.