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IBGE: 5 milhões nunca fizeram curso profissionalizante

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Dos 8 milhões de brasileiros que estavam desocupados em 2007, 5 milhões nunca tinham frequentado cursos de educação profissional, segmento que inclui aulas de qualificação para o trabalho, curso técnico de nível médio e graduação tecnológica. Esse número representa um percentual de 66,4% do total de pessoas que estão à procura de emprego e não conseguem vagas no mercado de trabalho.

Os dados constam de levantamento divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007. O estudo faz uma radiografia da educação de jovens e adultos (EJA) no país, seu alcance e as oportunidades de formação que ela oferece à população que não teve acesso ao ensino regular ou não teve possibilidade de completá-lo.

A média da população alega que o principal motivo para não participar desse tipo de curso é a falta de interesse. No entanto, os jovens acrescentaram outro fator: a dificuldade financeira. Praticamente duas em cada dez pessoas com idade entre 15 e 17 anos apontaram a carência de recursos como principal motivo que as impede de frequentar a educação profissional.

Para o gerente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, Cimar Averedo, isso indica uma “triste realidade”. “A pesquisa deixa claro que a maior barreira que as pessoas enfrentam para se inserir no mercado de trabalho é a baixa qualificação e, no caso dos jovens, isso se dá em grande parte pela falta de recursos. O problema é que no período em que há aumento da desocupação no país, eles [os jovens] tendem a passar para o final da fila.”

De acordo com Cimar, a pesquisa mostra outra disparidade: enquanto 54,3% das pessoas de cor branca com 10 anos ou mais frequentavam, em 2007, cursos de educação profissional, esse percentual caiu para 27,5% entre os pardos e para 7,3% entre os pretos.

“A parcela dos desocupados que nunca fez qualificação profissional é grande e a reboque disso estão as populações preta e parda, que também têm dificuldades de se inserir no mercado de trabalho. Por isso, a sua mobilidade social é mais difícil”, disse. “Não deixa de ser um retrato da qualidade de ensino que essas pessoas têm.”

Cimar ressaltou que a educação de jovens e adultos procura corrigir isso, mas não obtém pleno sucesso. “Num momento em que foram afastados do ensino regular, a educação de jovens e adultos tenta recuperar [o ensino]. Entretanto, por estarem fazendo um processo de educação acelerado, que não é igual ao regular, e sua presença na qualificação ser baixa, isso cria dois cenários: um para a população branca e outro para a parda e preta.”

Segundo a pesquisa, a frequência de alunos da EJA é maior entre a população de cor preta (9,0%) e parda (8,1%). Já entre os brancos, a frequência, de 7,2%, é menor do que a média nacional, que é 7,7% da população com 15 anos ou mais de idade.

 

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