A construção de hidrelétricas na região Norte de Mato Grosso, ampliando o potencial energético, tem gerado boas perspectivas econômicas para as cidades que esperam ser beneficiadas direta ou indiretamente. Prefeitos não projetam o montante que o investimento poderia retornar para as cidades (seja em royalts ou imposto sobre serviços), mas mostram-se otimistas quanto ao cenário que se desenha. Somente a implantação da UHE Sinop, no rio Teles Pires, entre Sinop e Itaúba, região conhecida como três corações, deve ter aproximadamente R$ 2 bilhões em investimentos, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética, gerando 461 Megawats. A área inundada deve alcançar 326 quilômetros quadrados sendo a maior parte em Sinop. Ainda não está definido quando começa a obra em foi confirmado o local onde ficará a barragem. “Com esta usina além de aumentar a receita vai gerar emprego, respaldo financeiro e condições para desenvolver o turismo”, declarou, ao Só Notícias, o prefeito de Itaúba, Raimundo Zanon.
No setor de turismo, representantes do poder público esperam que as hidrelétricas tornem-se caminho para pesquisadores, estudantes, nos mesmos moldes que já ocorrem em Manso, Tucuruí, Ilhas Solteiras e outras unidades do Brasil. O secretário de Planejamento e Fazenda de Itaúba, Clóvis Eduardo Murari, pondera também que obras deste porte reacendem o otimismo econômico dos municípios. “Não sabemos o quanto eles ganhariam mas principalmente por incentivo estadual e federal haveria condições de implementar pesca esportiva, esportes aquáticos a beira da represa”, acrescentou, ao Só Notícias.
Os municípios defendem que mesmo diante das transformações a serem geradas pela obra, políticas voltadas à preservação do meio ambiente devem evitar demasiados impactos ambientais.