quarta-feira, 11/dezembro/2024
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Grupo prevê para 2012 funcionamento de 1ª usina em Mato Grosso e fará mais duas

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A Cluster Bioenergia confirmou o investimento de R$ 2,8 bilhões no Vale do Araguaia mato-grossense para a construção de três usinas de etanol e energia elétrica. O Termo de Acordo de Incentivo Fiscal entre a Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) e a empresa foi assinado nesta quinta-feira, no Palácio Paiaguás. A expectativa é que sejam criados 7.185 empregos diretos, chegando aos 28.740 postos de trabalho em toda a cadeia de produção da cana de açúcar. O empreendimento foi decidido após o Governo do Estado oferecer benefícios fiscais para que o grupo escolhesse a região, dentro de uma política de atração de investimentos.

O governador Blairo Maggi afirmou durante a assinatura do termo que os benefícios oferecidos a Cluster serão estendidos a qualquer empresa que desejar investir na região. Ele apontou que historicamente as pessoas que vivem no Vale do Araguaia sofrem por estar fora do processo de desenvolvimento que o Estado vem atravessando. “Estes impostos são pouco em vista do processo de desenvolvimento que a empresa vai trazer, as oportunidades que seguirão”. Somente para atender a demanda habitacional, será necessária a construção de pelo menos 3.200 casas para os funcionários de cada usina.

A primeira usina, no município de Barra do Garças, deverá estar concluída em 2012. A segunda usina será erguida no município de Nova Xavantina, entrando em operação em 2014. Já a terceira será instalada em Água Boa, iniciando sua produção em 2016.

Cada unidade manterá as mesmas características e capacidade crescente de operação. Serão processados 1,05 tonelada de cana de açúcar no primeiro ano de funcionamento de cada usina, ou seja, 450 toneladas por hora. O resultado é uma produção anual de 377 mil metros cúbicos de etanol e a geração de 121 MW de energia elétrica, destes, 29MW para consumo interno e 92MW para a venda. Para o segundo ano de operação, cada usina passará a processar 590 toneladas/hora, e no ano seguinte atinge sua capacidade máxima, 940 toneladas/hora.

Para escoar toda a produção, o presidente da Cluster, João Carlos de Souza Meireles, adiantou que pretende realizar parcerias com empresas do segmento, como a Brenco. “O esquema de transporte é fundamental. Vamos negociar a utilização do alcoolduto e o escoamento por meio ferroviário”, explica o presidente. Citando a atual produção mato-grossense, quando as três unidades estiverem em plena operação, Mato Grosso terá sua produção de etanol dobrada.

Para facilitar e garantir mais recursos para a logística de toda a região, o governador comentou que está priorizando, juntamente com a bancada federal de Mato Grosso, a federalização da MT-100. A rodovia liga Barra do Garças a Alto Araguaia, cidade que abriga a estação ferroviária da Ferronorte.

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