quarta-feira, 24/abril/2024
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Grupo francês tem planos de instalar fábrica em Mato Grosso

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O grupo francês Roullier dobrou sua capacidade de produção de fertilizantes no Brasil com a compra da Profertil, finalizada na semana passada. O compromisso de confidencialidade impede a divulgação do valor do negócio, explicou hoje o diretor presidente da empresa no Brasil, Jean François Rémond. A Roullier já atua no País há seis anos, mas agora decidiu ampliar os investimentos para crescer no mercado nacional.

A companhia tem uma fábrica próxima ao porto de Rio Grande (RS), onde produziu 450 mil toneladas no ano passado. O mesmo volume foi fabricado pela Profertil, que tem unidades em Santa Luzia do Norte (AL) e Candeias (BA). As duas empresas juntas respondem por 5% do mercado nacional. Com a aquisição da Profertil, a Roullier passa a ter capacidade instalada para produzir 3,5 milhões de toneladas de fertilizantes por ano no mundo. O volume deve chegar a 4 milhões de toneladas ao final do ano, previu Rémond. A Profertil e a Roullier no Brasil faturaram juntas R$ 600 milhões em 2004, sendo R$ 320 milhões da companhia francesa.

A compra da Profertil garante a ampliação geográfica da Roullier no País, já que ela poderá atuar no Nordeste e em Goiás. Com a produção até agora restrita ao Rio Grande do Sul, o custo do frete inviabilizava a presença no mercado nordestino, explicou o executivo, que apresentou hoje os planos de investimento da empresa. A Roullier prevê aplicar R$ 10 milhões no prazo de 18 meses, o que inclui a instalação de um centro de pesquisa e desenvolvimento no Rio Grande do Sul. O centro será o terceiro da Roullier no mundo: os outros dois estão na França e Espanha.

Além da compra da Profertil, a Roullier tem planos para instalar no futuro uma fábrica para atender Mato Grosso e os Estados vizinhos. “A partir de 2006, vamos olhar isso de perto”, disse Rémond. Este projeto representaria investimento entre US$ 25 e US$ 40 milhões, dependendo da capacidade da fábrica. A Roullier poderá ofertar cerca de 60 produtos no Brasil. No mundo, a companhia tem mais de 900 produtos em seu portfólio.

A prolongada estiagem na região sul, em especial no Rio Grande do Sul, deverá causar impacto negativo ao mercado. O setor de adubos espera uma queda de 10% no Rio Grande do Sul e de 5% no Brasil em 2005, lembrou o diretor de relações públicas da Roullier, Torvaldo Marzolla Filho. Apesar da retração pontual, a perspectiva de crescimento da Roullier no mercado brasileiro considera que o País tem 90 milhões de hectares para expandir o cultivo e que as áreas de pastagens precisam melhorar o investimento em tecnologia.

Um diferencial da Roullier, disse seu diretor comercial e de marketing, Mário Fernandes Franchi, é a presença dos técnicos no campo. A empresa conta com 400 técnicos no Brasil para realizar o atendimento aos produtores, número que deverá chegar a mil funcionários em cinco anos. No mundo, a Roullier possui 1,4 mil técnicos nos 35 países onde atua. “Não queremos comprar porcentual de mercado”, ressaltou Rémond, ao comentar a estratégia da empresa de oferecer produtos diferenciados e fidelizar os clientes.

No exterior, a Roullier negocia uma parceria para ingressar na China, onde precisa do apoio de um sócio local. As tratativas ocorrem há cerca de um ano. O grupo tem 5 mil funcionários no mundo, faturou 1,3 bilhão de euros no ano passado e atua nos segmentos de agropecuária, agroalimentar e agroquímico. Os fertilizantes representam 70% de seu faturamento.

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