Depois de inaugurar unidades em Lucas do Rio Verde, Campo Novo do Parecis e Paranatinga, o grupo Atiaia Energia projeta a instalação de novas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) no Nortão do Mato Grosso. Ainda não há definição de quais cidades serão beneficiadas, mas estarão entre as 15 usinas, com capacidade e 300 MW, projetadas para serem construídas nos próximos anos, com investimentos de R$ 2,2 bilhões.
Além de aumentar a oferta de energia, as PCHs proporcionam uma maior estabilidade e segurança no abastecimento das respectivas regiões. As usinas em Campo Novo e Paranatinga, por exemplo, geram energia limpa e evitam o consumo de 18 milhões de litros de óleo diesel por ano, equivalente à emissão de aproximadamente 42 mil toneladas/ano de dióxido de carbono na atmosfera, informou a assessoria.
A empresa também foi pioneira no Centro-Oeste e a segunda empresa no Brasil a adotar o Sistema de Transposição de Peixes (STP), com a PCH Canoa Quebrada, em Lucas do Rio Verde, construída com o objetivo de possibilitar a migração dos peixes na época da piracema. “Resolvemos optar pelo STP espontaneamente e hoje, além da Canoa Quebrada, a PCH Paranatinga 2 também dispõe do sistema”, informou o presidente José Roberto Faro.
A pequena hidrelétrica foi inaugurada ano passado. Foram investidos na obra mais de R$ 90 milhões. A oferta de energia é de 28 megawatts de potência. São três turbinas em operação e a barragem tem 820 metros de comprimento por 34 metros de altura. Foram construídas duas comportas de controle do excedente de água não utilizada nas turbinas. A vazão variável de água pode atingir, quando estiver operando com capacidade máxima, entre 100 e 150 metros cúbicos por segundo. O reservatório ocupa uma área de 1.050 hectares.
A Atiaia Energia pertence ao grupo Cornélio Brennand, que também atua em outros segmentos no país, há 90 anos.