Um grupo de chineses, representantes da China Development Bank Corporation, equivalente ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no Brasil, e a empresa China National Machinery (CMC) apresentou interesse em investir em Mato Grosso, na agricultura, mineração e infraestrutura. A comitiva de chineses foi recebida, hoje, no Palácio Paiaguás, pelo governador Silval Barbosa e secretário-extraordinário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes, Francisco Vuolo.
Na oportunidade, os empresários chineses entregaram uma minuta inicial de “Termo de Cooperação” para ser analisada pelo governador do Estado. Conforme Vuolo, a prioridade de investimento é a área de logística e infraestrutura, para garantir que o Estado seja mais competitivo. “Foi dado mais um passo importante para a efetiva construção da ferrovia Cuiabá-Santarém”, destavou o secretário. Mas o objetivo maior, salienta, é formar parceria no que os chineses mais necessitam, que é “alimento e transformação da produção de grãos”.
O investimento em transporte, em especial de ferrovias, abre um leque muito grande para a exploração de jazidas de minério no Estado, setor que também interessa aos chineses, lembrou o secretário Francisco Vuolo. O presidente da Asia Trade & Investiments, Marco Polo Moreira Leite, que acompanhou a comitiva, destacou também que os chineses querem investir em agricultura, mineração e infraestrutura. “Houve uma decisão clara de apoio ao investimento no Estado pelo Banco”, completou o presidente da ATI, informando que na reunião ficou definida a criação de um grupo de trabalho misto entre o banco, a empresa CMC e o governo para estudar possibilidades de investimentos no Estado, “a começar pela ferrovia Cuiabá-Santarém”, destacou.
“Os estudos para a ferrovia já estão sendo feitos. O grupo de trabalho chinês da CMC chegará no dia 08 de dezembro para audiência com o governador. A reunião de hoje foi um segundo passo para termos o Mato Grosso como um grande parceiro da China. Ainda não há previsão de investimentos, pois isto dependerá dos projetos a serem elaborados”, esclareceu Marco Polo.
Integraram a comitiva chinesa o ministro conselheiro da Embaixada da República Popular da China no Brasil, Wang Qingyuan, representante da CMC, Li Bo, e do banco chinês, Naiji Dong, Weidong Zhou, Feifei Luo. Também participaram da reunião os secretários da Casa Civil, José Lacerda; de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf; e o adjunto de Gestão e Modernização da Casa Civil, Vivaldo Lopes.