O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse há pouco que o governo não vai ajudar financeiramente a BRA Transportes Aéreos, que suspendeu todos os vôos na terça-feira, alegando necessidade de concretizar novo aporte financeiro. “Não é o contribuinte que resolverá esse problema, que é de mercado”, disse o ministro no Hotel Meliá, em Brasília, onde participa do 7º Encontro Nacional de Estudos Estratégicos.
Para Jobim, não cabia ao governo adotar qualquer medida a fim de evitar que a companhia aérea suspendesse seus vôos devido a dificuldades financeiras. “Não temos condição e nem o contribuinte teria que investir na BRA. Quam deveria fazê-lo são os investidores”.
O ministro, no entanto, disse que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) precisa instituir mecanismos que permitam acompanhar a saúde financeira das empresas áereas. Segundo ele, a Anac “está precisando executar muita coisa”.
Jobim também disse que quem comprou passagens da BRA para as férias de verão “vai enfrentar problemas”, mas não detalhou quais. Para ele, a situação da companhia aérea deixou evidente que o sistema aéreo não permite que outras empresas aéreas concorram com o duopólio da TAM e da Gol.
A BRA também operava desde junho, em Mato Grosso, com um vôo noturno de Cuiabá a Alta Floresta. A previsão era que, com a conclusão das obras de iluminação no aeroporto, Sinop também fosse inserida na rota.