O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme-MT), lança, amanhã, em parceria com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o projeto NW/NE (mapeamento geológico das Folhas do Rio Guariba, Rio Aripuanã, Porto dos Gaúchos, Comandante Fontoura e São José do Xingu) e o Projeto do Fosfato de Mato Grosso (áreas Araras, Serra do Caeté e Planalto da Serra). Os dados são resultados de um estudo realizado entre os anos de 2003 e 2010.
De acordo com o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, estes dois projetos formam o mapa da mina de Mato Grosso, ou seja, mostra que tipo de mineral tem em cada região. "Com isso fica mais fácil atrair investidores do setor de Mineração para o Estado". Um dos resultados destes estudos foi a constatação de um grande depósito mineral de fosfato em Mirassol D"Oeste. O levantamento mostra ainda a incidência de vários outros tipos de minerais como o niquel, zinco, calcário, ferro, diamante e vários outros minerais como o ferro em regiões distintas.
Durante o lançamento que acontece às 9 horas, no auditório Governador Ponce de Arruda, no Palácio Paiaguás, os técnicos da Sicme e do CPRM farão duas apresentações técnicas sobre os resultados dos projetos. As informações também serão apresentadas em uma exposição de banners para facilitar o entendimento dos dados. Com isso, as pessoas terão uma noção clara da incidência de determinado mineral em uma região.
Em agosto de 2009, houve a assinatura do Convênio de Apoio Técnico entre a Sicme e a CPRM para a execução do Projeto Fosfato Mato Grosso – Áreas Araras e Planalto da Serra. Em outubro do mesmo ano, houve os estudos de campo realizados no município de Mirassol D"Oeste, pelos geólogos da Sicme/CPRM, confirmaram a ocorrência de Fosfato, descoberta pelo geólogo Gercino Domingos da Silva, em 2006.
Ainda, em novembro de 2009, diante da importância da ocorrência de fosfato, a área do Projeto se estendeu para a região denominada Serra do Caeté, sendo programada uma série de trabalhos geológicos de detalhe, como mapeamento geológico, geoquímica, amostragem de solo e rocha, etc. Os trabalhos de campo cartografaram a rocha mineralizada – Ritmito, que contém camadas de minério de ferro, intercalado com camadas de minério de fosfato.
Em agosto de 2010, foi encaminhado à Sicme, o relatório parcial do Projeto Fosfato Mato Grosso, onde ficou comprovado que as ocorrências da rocha mineralizada (Ritmito) se estendia por uma área de aproximada 67 Km², com espessura média de 35 m com teores de fosfato de até 9,5% e o minério de ferro atingindo picos de 70%. No mesmo mês, este ano, aconteceu a antrega do Relatório Final do Projeto Fosfato Mato Grosso – Áreas Araras/Serra do Caeté e Planalto da Serra.