O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou hoje (16) que o grupo de trabalho formado para estudar a redução no preço do óleo diesel irá discutir se a compensação virá de redução na Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) ou da margem de lucro da Petrobras.
Ele, no entanto, observou que a idéia é que “a Petrobras seja preservada” e que é preciso evitar “destruir a saúde financeira” da empresa. Lobão reafirmou que uma solução para a questão não deve sair em menos de três ou quatro meses.
Questionado se o prazo não é longo para socorrer setores como o de transporte de cargas, que alega perdas provocadas pela combinação entre o alto preço do diesel e a redução da atividade econômica provocada pela crise financeira internacional, Lobão respondeu que é desejo do governo resolver a questão com agilidade, mas que é preciso evitar “destruir a saúde financeira da Petrobras”.
“Compreendemos a situação dos caminhoneiros, mas seguramente eles também compreendem que, quando o barril do petróleo se elevou tanto, eles não foram afetados por conta disso. Ao contrário, levamos anos sem fazer qualquer alteração [no preço do petróleo], portanto é preciso ser levado em consideração, não podemos também destruir a saúde financeira da Petrobras”, disse.
O grupo de trabalho, que discute a redução no preço do óleo diesel, é formado por representantes dos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda. Edison Lobão participou hoje de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar de assuntos relacionados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).