O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, anunciou há pouco que foi negociada com representantes das centrais sindicais proposta de aumento do salário mínimo para R$ 380, a partir de abril de 2007.
A proposta para o índice de correção da tabela do Imposto de Renda das pessoas físicas, também discutida na reunião iniciada na noite de ontem (19) e da qual participou o ministro da Previdência Social, Nelson Machado, ficou acertada em 4,6%.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos, informou que durante a reunião foi negociada, ainda, uma proposta de valorização do salário mínimo até 2011.
Segundo Marinho, as propostas serão levadas hoje (20) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em reunião com os dois ministro “dará a palavra final”. Só então elas poderão ser incorporadas ao Orçamento Geral da União para 2007, em tramitação no Congresso Nacional. O relatório do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) deverá ser apresentado até quinta-feira (21), porque os parlamentares entrarão em recesso no final da semana.
Atualmente, o salário mínimo é de R$ 350. A proposta da Comissão Mista de Orçamento do Congresso foi de R$ 375; as centrais sindicais haviam pedido aumento para R$ 420; e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendia R$ 367.
Dados do Ministério da Previdência Social apontam que o impacto do salário mínimo no déficit previdenciário é de cerca de R$ 200 milhões para cada real pago a mais. Atualmente, mais de 15 milhões de aposentados recebem um salário mínimo.
Em vigor desde 1º de maio de 1940, o salário mínimo deveria equivaler, em agosto, a R$ 1.613,08, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), para suprir as necessidades básicas do trabalhador e sua família. Esse valor equivale a 4,61 vezes o atual salário mínimo