Para evitar uma greve generalizada, o Executivo apresenta até o final da tarde de segunda-feira (30) uma proposta ao Fórum Sindical. Neste final de semana, a Câmara Fiscal estará trabalhando para achar solução que não comprometa a folha salarial e o equilíbrio das finanças.
A equipe analisa cenários econômicos para driblar o desequilíbrio fiscal em que se encontra, causado por fatores como leis de carreira aprovadas em 2014 e obrigatoriamente cumpridas, escassez de recursos federais devido à crise econômica nacional, uma dívida dolarizada acima de R$ 1,7 bilhão e crescimento das despesas acima do crescimento da receita corrente líquida do Estado.
O secretário interino de Planejamento de Mato Grosso, José Bussiki, disse que o governador Pedro Taques (PSDB) vai apresentar os dados para todas as categorias. "O governo está formulando uma proposta e estamos fazendo esforços para que a reposição inflacionária seja repassada aos servidores sem que haja interferência em outras finanças e achar o limite do limite e a melhor maneira de atender a expectativa", disse o secretário.
O governador alerta para a queda na arrecadação, caso aconteça a greve generalizada. "Se tiver greve, isso priva a sociedade dos serviços públicos e priva o Estado de arrecadação. O impacto seria muito negativo, reduzindo ainda mais as possibilidades de pagarmos o RGA o quanto antes. Pedimos o apoio dos servidores, pois eles são nossa prioridade. Tanto que decidimos não pagar o RGA na folha de maio para não atrasamos os salários, que é fundamental para eles", afirmou Taques.
Greve no dia 31
Das 32 categorias que fazem parte do Fórum, 28 já aderiram à greve , prevista para iniciar entre os dias 31 deste mês e o dia 1º de junho.
As três últimas categorias representadas pelos sindicatos dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal de Mato Grosso (Sintap) e dos Trabalhadores em Entidades Públicas de Meio Ambiente do Estado (Sintema) aprovaram apenas indicativo de greve.