Membros da European Feed Manufacturers’ Federation (FEFAC), federação que congrega associações de indústrias de alimentos para animais de 23 países da União Europeia foram recebidos pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Seneri Paludo, ontem. Eles estão em Mato Grosso para conhecer o programaProduzir Conservar e Incluir (PCI), apresentado pelo Governo do Estado durante a COP 21, e também para apresentar os critérios de sustentabilidade definidos pelo setor para a produção de matéria-prima utilizada pelas indústrias.
Durante a reunião, o presidente da FEFAC, Ruud Tijssens, manifestou o interesse do setor em investir no programa PCI, visto que os critérios estabelecidos pela entidade vão ao encontro da estratégia do Governo do Estado, de eliminar o desmatamento ilegal até 2020 e criar um novo modelo de desenvolvimento econômico sustentável para o Estado nos próximos 15 anos.
Procedência legal
O mercado europeu tem muita preocupação em relação à procedência dos produtos consumidos, por isso foram definidos estes critérios para a importação de matéria-prima que é utilizada na ração dos animais. De Mato Grosso, as indústrias que compõem a FEFAC importam cerca de 1,5 milhão de toneladas de farelo de soja ao ano, que são utilizados na produção de ração, principalmente para aves e suínos.
“Temos o entendimento de não comprar soja proveniente de áreas desmatadas ilegalmente e que cumpram as obrigações previstas no Código Florestal, principalmente em relação ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Regularização Ambiental (PRA)”, pontuou Ruud Tijssens.
O secretário Seneri Paludo apresentou os indicadores da produção agropecuária de Mato Grosso e destacou que cerca de 63% do território mato-grossense é preservado e que mais de 80% das propriedades rurais do Estado já estão inseridas no CAR.
Seneri frisou ainda o empenho do Governo do Estado em colocar em prática as estratégias ambientais apresentadas na COP 21 e a importância de atrair investidores para o programa. “É um projeto construído a várias mãos e que precisa de investimentosde R$ 39 bilhões nos próximos 15 anos”.