
Segundo Kirst, nos últimos dias, vários reajustes considerados menores foram repassados aos revendedores que, acabaram, optando por segurar o preço nas bombas. “São aumentos de 1 a 2 centavos, que os postos não passam. No entanto, tivemos aumento na pauta do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) e foi inviável segurar. Os clientes chegam para abastecer e acham um absurdo os preços. Tem vezes que ficamos até com vergonha. Porém, eles entendem que a culpa não é das revendedoras”.
O presidente do sindicato avaliou também que outros fatores podem influenciar no preço final e ainda manifestou preocupação com um possível desabastecimento com a greve dos petroleiros nas refinarias brasileiras. “Estamos em período de entressafra do etanol, que compõe 27% da gasolina. Então pode haver reflexos. Outro problema é da greve dos petroleiros, que ocasionar falta de combustíveis. Estamos em fogo cruzado. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) diz que o impacto é de, pelo menos, 450 mil barris de petróleo por dia que deixam de ser produzidos”.
A gasolina mais cara influencia na inflação brasileira, conforme Só Notícias já informou. Segundo o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou outubro com alta de 0,76%. O levantamento mostra que sete dos oito grupos pesquisados tiveram aumento de preços na comparação com a semana terminada em 22 de outubro. O destaque foi o grupo transportes: este índice subiu de 1,57% para 1,92% sob a influência do reajuste no preço da gasolina. Este combustível avançou de 3,15% para 5,27%.


