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Futuro da juventude: FGV preocupada com falta de mão de obra qualificada

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O chefe do Centro de Políticas Sociais (CPS) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), economista Marcelo Néri, está preocupado com o futuro da juventude brasileira para os próximos dez anos. Para ele, a evasão escolar e a falta de mão de obra qualificada apontam para um cenário pouco promissor.

“Tem o apagão de mão de obra que vigorava em 2007 e 2008. Veio a crise, mas eu acho que a tendência é voltar”, diz Néri, que participa agora à tarde do painel que vai debater o perfil do jovem no Brasil em 2020, durante o 6º Congresso Gife sobre Investimento Social Privado, que será realizado no Rio de Janeiro até amanhã (9).

Além disso, acrescenta o economista, muitos jovens entre 18 e 24 anos estão abandonando os bancos escolares. De acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de escolarização caiu 4,5% em 2007 e 2008. “Então, tem uma certa evidência do apagão de mão de obra se retroalimentando, o que é bastante preocupante”, assinala.

De acordo com Néri, a melhor maneira para melhorar a situação do jovem no país é aplicar os investimentos sociais públicos e privados na primeira infância. “Você vai beneficiar o jovem do futuro. A melhor maneira de garantir o jovem em todo o seu potencial em 2020 seria o investimento desde a primeira infância. E isso a gente tem feito pouco”.

 

 

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