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Funcionários do Banco do Brasil paralisam agências para forçar negociação

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Funcionários do Banco do Brasil (BB) paralisaram agências hoje (20) em várias cidades do país contra o novo plano de funções comissionadas, implantado em janeiro deste ano sem negociação com os empregados da instituição, de acordo com o secretário de Formação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), William Mendes.

Coordenador nacional de Negociações com o BB, Mendes disse que o novo plano de funções comissionadas trouxe perda média de 16,25% nos salários e os funcionários têm cada vez mais clareza de que o plano imposto pela direção do BB prejudica à categoria. "Como a direção está irredutível, somente a pressão e a mobilização farão o banco negociar nossas reivindicações", disse.

De acordo com a Contraf, 25 agências do BB na região central da capital paulista retardaram início do atendimento externo para as 12 h e os funcionários distribuíram carta explicativa à população sobre as motivações do movimento. Paralisações semelhantes foram feitas nas demais capitais e cidades de grande porte como São Caetano, Campinas e Americana, em São Paulo.

Houve diferenças apenas quanto ao número de horas paradas. No Distrito Federal, por exemplo, duas agências do BB, na Avenida W3, e uma de Taguatinga abriram às 13 h. No Ceará, o movimento foi mais radical, com duas agências de Fortaleza e uma da cidade de Caucaia fechadas durante todo o dia.

Diretor sindical do BB e presidente do Sindicato dos Bancários do DF, Eduardo Araujo, disse que não há qualquer sinalização do banco sobre a abertura de negociações, embora os funcionários tenham feito duas manifestações semelhantes no mês passado. Pretende-se, segundo ele, forçar a reabertura do diálogo, e, "se isso não ocorrer até 29 de abril, faremos greve nacional".

O Banco do Brasil divulgou nota informando que "a paralisação é parcial, apenas em alguns estados, com baixo índice de adesão dos funcionários".

Quanto ao novo plano de funções comissionadas, que está na raiz da insatisfação dos bancários, o BB informa que "é um plano totalmente adequado à legislação trabalhista e que valoriza os funcionários. A adesão às jornadas de seis horas é voluntária e poderá ocorrer a qualquer tempo".

A nota do BB diz que o plano anunciado em janeiro contabiliza aumento de 12% no valor da hora de trabalho para quem optar pela jornada de seis horas e que haverá desvalorização de salário, mas sim "redução do número de horas trabalhadas a serem pagas".

 

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