O Ministério da Agricultura deve emitir até quarta-feira o resultado dos testes em amostras de frango in natura em frigoríficos de Mato Grosso e cinco Estados (Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais). De acordo com Aléssio de Domênico, gerente de um frigorífico de Sorriso, atingido pela medida, a produção continua a ser feita normalmente.
“Apenas a comercialização está suspensa. Continuamos o abate normal e colocamos em câmara fria”, destacou. O frigorífico abate 45 mil frangos por dia. A medida do Ministério Público não atingiu o frango temperado ou em cortes, cuja comercialização continua a ser feita normalmente. “Nada foi comprovado ainda. Esse é um trabalho de rotina. Somos favoráveis a essa fiscalização e temos certeza que o resultado vai provar que não há nada de errado com nossa produção”, rebateu Domênico. O frigorífico emprega cerca de 300 funcionários. O produto é comercializado em todo o Estado, principalmente na região norte.
A legislação estabelece que as empresas devem revisar seus programas de prevenção e controle de adição de água aos produtos, com a descrição dos controles de qualidade executados para prevenção de fraudes econômicas. Segundo o técnico do ministério, a água excedente no frango é resultado do descongelamento das carcaças e deve estar em quantidade máxima de 6% para não prejudicar o consumidor em relação ao peso do produto adquirido.
Se uma empresa produz frango com 16% de água, por exemplo, o consumidor perde 100 gramas para cada quilo adquirido. A partir da suspensão, os abatedouros devem revisar todos os processos de controle de qualidade e todos os lotes produzidos serão analisados pelo SIF, até que as exigências sejam plenamente cumpridas.