A situação agravante que muitos frigoríficos mato-grossenses estão passando, devido a greve dos fiscais federais agropecuários, que completa 10 dias, ainda não afetou os trabalhos no Frialto em Sinop – um dos maiores do Estado. A unidade exporta cerca de 30% de seus produtos e teme que também tenha que reduzir a produção.
Segundo o empresário Paulo Bellincanta, o setor vem sendo prejudicado há alguns anos com esta situação. “Estamos conseguindo contornar a situação e manter os embarques. Há demora e transtornos, mas ainda não afetou a produção. Esperamos que haja iniciativa e decisão política do Estado para resolver esse problema que perdura há anos”, salientou. São cerca de 2,5 mil toneladas que saem da unidade ao mês, com destino ao mercado externo, grande parte para o Oriente Médio e Rússia.
Em todo o Estado, segundo o sindicato do setor (Sindifrigo), os frigoríficos começaram a reduzir em 20% os abates. A projeção é que esta situação piore. Os portes tem capacidade limitada de estoque e o mercado externo não absorve toda a produção. Das 32 plantas frigoríficas do Estado, 25 exportam carne. Do faturamento mensal, cerca de R$ 100 milhões são provenientes de exportações.
Desde terça-feira da semana passada, os 75 fiscais federais agropecuários que atuam em Mato Grosso, na liberação das mercadorias para exportação, estão desempenhando apenas 30% das atividades. Não há previsão de retorno ao trabalho.