O aumento de 15% no preço do óleo diesel, anunciado na quarta-feira, pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai influenciar no preço do frete das empresas de transporte de cargas. A previsão é do vice-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Nilton Gibson, que estima um reajuste de 3% a 4%, acrescido no preço de custo por tonelada da carga.
Ele prevê que o maior impacto vai ser no transporte de grãos, devido à carência de infra-estrutura nas estradas. “No transporte de grãos, o aumento será imediato, devido às dificuldades que estamos encontrando com a infra-estrutura das estradas e à falta de caminhão”, afirmou Gibson.
Mas, para o restante da safra que, segundo o vice-presidente da CNT, vive um bom momento, o reajuste não será imediato. “Será repassado mas não de imediato, será feita uma negociação entre a empresa e o cliente”, disse.
Gibson aprovou a iniciativa de reajustar o óleo diesel como forma de controlar a inflação. “Esse aumento do combustível foi muito inteligente da parte do governo, em querer o controle da inflação, porque ele reduziu o percentual da Cide [Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico], tanto na gasolina, como no óleo diesel, e isso refletiu em percentual menor de aumento.”