PUBLICIDADE

Fórum pede revisão na concessão para empresa expandir ferrovia em Mato Grosso

PUBLICIDADE

O presidente do Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá, Francisco Vuolo, elogiou a decisão da ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, de questionar – e ameaçar cassar – a concessão da Ferronorte Rondonópolis à ALL, especialmente no que se refere à retomada das obras e à definição de um prazo para a conclusão dos trabalhos. A chefe da Casa Civil alertou ainda que os trabalhos estão paralisados e que há riscos de o cronograma não ser cumprido.

“A decisão da ministra reflete a posição do Governo Federal diante da omissão deliberada da ALL. O fórum propõe que a União assuma parte da responsabilidade dessa obra, definindo metas e, sobretudo, prazos para que os trilhos cheguem a Cuiabá. A estrada de ferro é uma exigência do setor produtivo e um imperativo para incrementar o desenvolvimento regional”, afirma Vuolo. Para ele, a saída é rever a concessão à ALL – até porque o prazo de 90 anos é considerado exagerado, já que o usual é de 25 a 30 anos – e permitir a entrada da Valec, a sociedade anônima vinculada à União ligada ao setor.

Esse posicionamento do governo Federal, ressaltou Vuolo, será um dos temas de audiência da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara Federal, no próximo dia 10. Serão também discutidas as demandas que impedem a retomada dos trilhos da Ferrovia Senador Vuolo (antiga Ferronorte) no trecho entre Alto Araguaia (415 km ao Sul de Cuiabá) e à capital, passando por Rondonópolis.

A Valec, ressaltou Vuolo, tem know-how na área de infra-estrutura ferroviária. Sua mais recente obra é a Ferrovia Norte-Sul, um projeto que contempla a construção de uma ferrovia de 2.100 km atravessando as regiões Centro-Oeste e Norte do país, conectando-se ao Norte com a Estrada de Ferro Carajás e ao Sul com a Ferrovia Centro Atlântica, buscando com isso reduzir o custo do frete para longas distâncias na região, assim como incentivar o desenvolvimento do cerrado brasileiro.

Francisco Vuolo voltou a condenar o que considera descaso por parte da ALL. Em dezembro de 2006, por exemplo, representantes da empresas participaram de um encontro em Cuiabá e se comprometeram, publicamente, em apresentar um cronograma com um prazo para a conclusão da obras. Até hoje, no entanto, a empresa não deu sequer satisfação. Com a intervenção da ministra Dilma Roussef, acredita Vuolo, a empresa deverá tomar uma atitude.

A concessão dada à América Latina Logística (ALL) está sob análise da área jurídica do Ministério dos Transportes e da Agência Nacional de Transportes Terrestres. No começo da semana, a ministra da Casa Civil explicou que um aditivo ao contrato de concessão diz que a ANTT terá que consultar o concessionário sobre se ele quer fazer a obra, um trecho de 262 km de Alto Araguaia a Rondonópolis, onde é grande o volume de produção “Esse aditivo é a pior coisa que eu já vi na minha vida”, reagiu a ministra, para quem “o problema é que a privatização das ferrovias foi feita sem cuidar dos compromissos que as empresas assumiriam”.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Empresas de Sorriso estão com 92 vagas de emprego

Empresas e indústrias sediadas em Sorriso estão admitindo 92...

Preço médio dos combustíveis tem queda em Sinop, aponta ANP

O mais recente levantamento da Agência Nacional do Petróleo,...
PUBLICIDADE