O presidente do Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá, Francisco Vuolo (PR), vai formalizar nesta quarta-feira, em Brasília, o pedido de intervenção do Governo Federal para que a empresa concessionária defina, em caráter de urgência, o estudo de impacto ambiental e o traçado da ferrovia Vicente Vuolo, no trecho entre Rondonópolis e Cuiabá.
O presidente terá audiência na Casa Civil e levará um pleito já formulado ao ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e ao diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot, mês passado. O fórum quer, por meio da empresa responsável pelas obras – a ALL -, sejam desenvolvidos o estudo de impacto ambiental (EIMA) e o traçado da ferrovia até a capital mato-grossense.
No dia 22 de janeiro, em ofício ao Ministério dos Transportes e ao DNIT, o Fórum Pró-Ferrovia assinalou que diferentes setores da sociedade cuiabana e mato-grossense aguardam, desde 1999, uma definição da União sobre a questão. “Diante do silêncio da concessionária [a América Latina Logística] e tendo em vista a nova fase da política econômica do Governo Federal – que, por meio do PAC, estabelece uma intensa programação de investimentos em infra-estrutura logística para a ferrovia no país-, urge uma definição técnica e política que possibilite vislumbrar a continuidade do processo de crescimento econômico da Baixada Cuiabana”, diz o comunicado.
No documento, o fórum lembra, também, que a Baixada Cuiabana, além de concentrar o maior núcleo urbano do Centro-Oeste, envolvendo cerca de 40% da população mato-grossense, é o maior pólo de consumo, produção e distribuição de Mato Grosso; concentra as principais faculdades e universidades; tem as principais indústrias e outros empreendimentos que representam 80% do setor no Estado; conta com um complexo de infra-estrutura que abriga a Usina de Manso, o Gasoduto Bolívia-Cuiabá e um aeroporto internacional; e o maior entroncamento rodoviário (BR-070, BR-163 e BR-364).
Além disso, a grande Cuiabá conta, ainda, com o maior centro de convergência de cargas do Estado, além da Estação Aduaneira do Distrito Industrial, já instalada e em pleno funcionamento. “Essa infra-estrutura, associada à alternativa de escoamento mais barata pela ferrovia, garante a implantação de uma política para suprir os 45% de área agricultável na baixada cuiabana, principalmente, para a área de hortifrutigranjeiros, atendendo à demanda do mercado consumidor, além de viabilizar alternativa para o mercado externo”, observa Francisco Vuolo.