Empresários e presidentes de sindicatos patronais do setor madeireiro e moveleiro entregaram um documento contendo todas as reivindicações e sugestões para o segmento de base florestal de Mato Grosso, à Câmara Temática do Setor de Base Florestal da Assembléia Legislativa. A principal preocupação é em relação à estrutura da Secretaria Estadual de Meio Ambiente.
O presidente do Sindusmad, José Eduardo Pinto, disse que solicitará em caráter de urgência uma força-tarefa para aprovação dos projetos de manejo que estão paralisados no órgão, conforme Só Notícias já informou. “Vamos aproveitar esta época antes das chuvas para pegar as autorizações para a retirada da matéria-prima”, destacou. Esta também foi uma reivindicação dos outros sete presidentes de sindicatos de setor de base florestal de Mato Grosso e deve ter o apoio da comissão.
“Ouvimos todas as reivindicações e vamos analisar o documento apresentado. O objetivo da Câmara Temática criada em abril era justamente identificar os pontos de estrangulamentos do setor e apresentar proposta que será avalizada posteriormente pelos 24 deputados da Assembléia”, avaliou o deputado Carlos Avalone.
Para o segmento, existe uma necessidade urgente de diagnosticar os motivos pelos quais a liberação de projetos de manejo e licenças ambientais está travada. “São quase 120 empregados dentro da área de gestão florestal e não sai uma licença ou um projeto por semana. Se fosse uma empresa privada, já teria falido”, analisou o vice-presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad), Jaldes Langer. “Falta gestão, faltam procedimentos e regras”, desabafou Sidnei Belincanta, empresário e diretor do Sindusmad.
De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras de São José do Rio Claro, João Carlos Baldasso, uma das alternativas apresentadas seria a descentralização da Sema, principalmente para procedimentos mais simples. Esta é a mesma opinião do prefeito de Sinop, Nilson leitão. “O governo poderia reformular os conselhos municipais e regionais, com critérios específicos de avaliação, em regiões produtoras como Juína, Sinop, e Alta Floresta, para agilizar as aprovações, e desenvolver uma política de fiscalização periódica”, sugeriu.