O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso – Fiemt- Jandir Milan, criticou hoje, em artigo publicado em Só Notícias, a intenção de lideranças políticas estaduais e nacional de ressuscitarem a cobrança da CPMF – contribuição sobre a movimentação financeira – chamado “imposto dos cheques”, e ampliar os recursos para saúde pública. “Se reverte como mais um errôneo mecanismo que trará o aumento da já elevadíssima carga tributária. Como reflexo, impedirá o desenvolvimento da economia do nosso país, tornando-se um fator impeditivo ao aumento da geração de empregos”, critica Milan. Ele acrescentou: “o retorno do imposto é também inadmissível quando sabemos que se trata de um tributo já reprovado pela sociedade brasileira, através do Senado, que extinguiu a contribuição em dezembro de 2007”.
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O presidente expôs que a entidade está se posicionando contrária a retomada da cobrança do tributo. “Diante desta realidade é que a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), em nome dos seus 36 sindicatos filiados em representação ao setor industrial mato-grossense, se manifesta contra a volta da CPMF, pois defende que o enorme aumento da arrecadação do poder público já demonstra existirem alternativas viáveis para combater o problema, não justificando a volta do referido imposto. Contudo, ressaltamos que somos solidários às necessidades veementes de melhoria em nosso sistema de saúde, mas é preciso discutir amplamente e com transparência as opções para promover tais melhorias”.
Jandir Milan também apontou que, “desde o fim da CPMF, os gastos com saúde aumentaram sua participação no Produto Interno Bruto, passando de 1,64%, em 2007, para 1,71%, do PIB em 2009. Fica claro, assim, que para melhorar o serviço de saúde, é preciso melhorar também a gestão e a qualidade do gasto”.
O governador matogrossense, Silval Barbosa, é um dos eleitos-reeleitos que está se posicionando favorável para ser apresentado, no Congresso, novo projeto prevendo criar novamente a CPMF.