Um profissional que possui formação completa de tecnólogo ou técnico conta com uma ampla vantagem em relação ao trabalhador que estudou até o Ensino Médio. Pesquisa realizada pelo Centro de Políticas Sociais da FGV (Fundação Getulio Vargas) e pelo Instituto Votorantim constatou que este profissional tem 48,2% mais chances de conseguir um emprego.
Nos cursos de educação profissional, as pessoas avaliam que possuir conteúdo é necessário ao desempenho do trabalho, ou seja, é o principal atributo para a inserção no mercado de trabalho.
As situações e os profissionais
Os profissionais que integram o grupo dos cursos profissionalizantes possuem salário 12,94% mais alto. Essa faixa conta ainda com uma possibilidade 38% maior de conseguir uma vaga formal.
Associado a estes dados, o estudo comprovou que o maior salário médio é representado por aqueles que optaram pelo curso de qualificação profissional em Comércio e Gestão – média de R$ 952. Os salários da área de Indústria e Manutenção aparecem em seguida, com R$ 940.
O Distrito Federal, juntamente com Santa Catarina e São Paulo, apresenta os melhores salários pagos a um profissional com curso técnico, com o valor de R$ 1.403. Já as duas outras localidades contam com R$ 1.038 e R$ 1.004, respectivamente.
São Paulo é o estado onde os trabalhadores com curso profissionalizante trabalham mais tempo (média de 43 h). Já o Piauí é a região que detém a menor carga horária (37 h).
Áreas de atuação
O estudo também mostra que, quanto mais alto o nível de qualificação, maior a porcentagem de pessoas que trabalham na mesma área do curso realizado: tecnólogo de nível superior (79,5%), técnico de nível médio (70,1%) e qualificação (60,8%).
Em relação às contratações, os setores automobilístico (45,71% ), seguido pelo de finanças (38,17%) e de petróleo e gás (37,34%) são os que mais empregam trabalhadores com este tipo de educação
Estudantes
De acordo com o estudo, 29 milhões de pessoas frequentam hoje cursos de educação profissional, o que representa 19,72% da população com mais de 10 anos de idade do Brasil.
Ao todo, 16,07 % (23,5 milhões de pessoas) frequentaram cursos de qualificação profissional, 3,54% (5,1 milhões de pessoas) fizeram ensino médio técnico e 0,11% (160 mil pessoas) tiveram formação tecnológica.
Em termos de educação profissional, os setores com maior proporção de pessoas formadas nesses cursos são Automobilístico (45,71%), Finanças (38,17%) e Petróleo e Gás (37,34%). Em contrapartida, Agronegócio (7%) e Construção Civil (17,80%) são os que demandam menos alunos.