A Ferrovia Mato Grosso-Pará, projeto de autoria do deputado José Riva (PSD), passa- rá por reformulação do estudo, com prevista mudança do traçado original. As alterações foram sugeridas por representantes do Pará, em consonância à equipe técnica de Riva. O novo formato ferroviário, partindo de Água Boa (MT), poderá fazer conexão com a Ferrovia Norte-Sul, passando por Colinas (TO), com destino ao Porto de Itaqui, localizado na cidade de São Luis (Maranhão). Termo de Referência apresentado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), deverá ser assinado nos próximos dias, possibilitando a realização de pesquisas e metodologia do estudo para a coleta de dados sobre a viabilidade da proposta.
A proposta se fundamenta em nova via para escoamento de grãos do Estado, garantindo a redução de custos de transporte, e projetando perspectivas otimistas sobre o fortalecimento da cadeia produtiva de Mato Grosso. Esboço do projeto foi entregue à presidente Dilma Rousseff (PT), considerando a necessidade de a ferrovia ser inserida no Plano Nacional de Logística e Transporte.
Um dos proponentes das alterações de traçado é o deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA). A implementação da proposta passa por análise de representantes do governo federal, sendo imperativa a ligação da malha ferroviária do Estado com o eixo nacional. A interligação ferroviária, teoricamente, oferecerá condições ideais para a concretização dos planos. A participação da UFMT, nesse contexto, servirá para balizar por meio de dados, a construção final da proposta. Professor do Núcleo de Estudos de Logística, Luiz Miguel de Miranda, é um dos principais especialistas da área, se tornando referência paraa possível instituição do novo modelo.
Ele ressalta a importância de se verificar a viabilidade do projeto. “É um estudo que requer esforço grande para a coleta de dados, porque esse traçado só será viável se houver a transformação de terras degradadas de pastagens para culturas de milho e soja, na região do Araguaia”, explicou ao mencionar que todas as medidas devem estar adequadas ao Código Florestal. Acrescentou ainda que “precisamos produzir cerca de 10 a 12 milhões de toneladas de grãos, e estamos fazendo essa análise sobre aproximadamente 4 milhões de hectares”.
O estudo se aterá aos seguintes termos: custo benefício, redução de preço de transporte e redução do custo energético despendido. Outra observação de Luiz Miguel se refere a necessidade de terminais, em trecho final, estarem capacitados para atender a demanda de grãos. “São todos elementos que serão verificados, há um grande número de variáveis e temos que coletar todos os dados, em prazo médio de um ano e meio. A implantação da ferrovia dependerá ainda de antewwprojeto e de estudo Eia Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental).